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Exclusivo: Mel Azul ironiza preconceito ao “novo rock” com o titã Paulo Miklos

Banda paulistana revela a roqueira “Rádio Sideral”, segundo single da compilação A Saga Contra os Caretóides

Lucas Brêda Publicado em 15/09/2015, às 17h48 - Atualizado às 18h18

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O grupo paulistano Mel Azul e o guitarrista e vocalista do Titãs Paulo Miklos - Jonas Tucci/Divulgação
O grupo paulistano Mel Azul e o guitarrista e vocalista do Titãs Paulo Miklos - Jonas Tucci/Divulgação

Por Lucas Brêda

Cansados de ouvir que “o rock acabou” ou que “a música atual não presta”, os integrantes do Mel Azul convidaram o guitarrista e vocalista do Titãs Paulo Miklos para darem, juntos, uma opinião (musical) sobre o assunto. O resultado é o single “Rádio Sideral” – ouça abaixo –, lançado com exclusividade no blog Sobe o Som.

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“Atualmente toda a banda aqui é igual/ Tô pra ver algo original”, canta Miklos, em meio a guitarras contagiantes e muito groove. “Atualmente toco numa banda maluca/ Que vive sempre na luta/ Contra os filha da puta/ Que estão por aí pedindo para diminuir o volume”. A letra ainda traz a provocação: “O Mel Azul vai fazer o seu barulho mais alto que o choro do seu neném.”

Ouça abaixo “Rádio Sideral”.

“Estávamos ouvindo uma entrevista dele na 89FM e perguntaram quais bandas novas ele gostava. Ele citou o Mel Azul”, conta o guitarrista Gustavo Prandini sobre o primeiro contato com Miklos. “No dia do rock, este ano, ele respondeu perguntas dos fãs. Questionaram sobre a banda de rock atual favorita dele. E ele novamente disse o nome do Mel Azul.”

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Segundo Prandini, “o cara estava dando muito mole”, e a banda resolveu chamá-lo para cantar em uma faixa, justamente envolvendo o tema das “novas bandas de rock”. “Ele é macaco velho, né?”, brinca o guitarrista. “Ele chegou [ao estúdio] e, numa música que estávamos com dificuldade de colocar as vozes, ele se saiu muito bem. Achamos que era uma canção difícil de interpretar.”

“Rádio Sideral” foi composta anteriormente pelo tecladista André Bruni, mas teve o dedo de Miklos no resultado final, registrado nos estúdios Freak, em São Paulo. “Na parte final falamos: ‘Pô, fica livre para gralhar a banda, como se tivesse falando mal da gente’. E graças à parte performática – também pelo fato de ele ser ator –, foi muito fácil para ele”. O titã gravou as vozes da faixa acima em apenas três takes.

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Justamente pela veia performática, Miklos se relaciona ainda mais com o Mel Azul. Grupo independente paulistano, eles aproveitaram a experiência como músicos de estúdio para definir um novo conceito para a banda: o “anti-preconceito musical”. No mais recente disco, Bonde do Esgoto (2014) eles parodiaram o hip-hop, encarnando na pele de MC’s.

Agora, em uma “trilogia de singles” – devidamente chamada A Saga Contra os Caretóides, da qual faz parte “Rádio Sideral” –, eles já enveredaram para a influência do soul, com “Sound Of Healing”, passando agora pela veia roqueira, em “Rádio Sideral”. E Prandini garante que vem mais surpresas por aí: “Até o final do ano a gente lança outro single que vai quebrar totalmente com essa estética do rock.”

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Este mês, o Mel Azul se apresenta na Trackers, em São Paulo, no dia 18. Em outubro, eles vão até Campinas, tocar no Bar do Zé (dia 3) e, em seguida, partem para São Carlos (16), onde tocam no clube GIG. Como adiantou o guitarrista da banda, o próximo – e último – single de A Saga Contra os Caretóides deve sair até o fim deste ano.

Abaixo, ouça o mais recente álbum do Mel Azul, Bonde do Esgoto.