Conheça o som da banda goiana psicodélica
Por Lucas Brêda
Não é preciso de muito para notar como Goiânia se tornou um celeiro de bandas psicodélicas na última meia década. Basta uma olhada rápida nas mais recentes listas de melhores do ano da Rolling Stone Brasil para encontrar celebrados discos de nomes como o Boogarins ou o Carne Doce. Nesta quarta, 3, um novo grupo emerge na cidade: o Peixefante.
O quinteto lança, com exclusividade no Sobe o Som – blog no site da RS Brasil dedicado à produção alternativa da música brasileira –, o primeiro disco cheio da carreira, autointitulado. O álbum chega com nove faixas, contemplando diversas facetas da psicodelia, conversando tanto com o udigrudi nordestino dos anos 1970 (Ave Sangria e a trilogia psicodélica de Alceu Valença) quanto com a produção mais recente do gênero.
O Peixefante já era conhecido por um EP, Lorde Pacal, e dois singles, “Banzo” e “Quimera”, mas o primeiro disco já sai como o registro mais representativo da banda. No álbum, os timbres sintéticos, encharcados de eco, e as construções oblíquas dão lugar a canções mais tradicionalmente formatadas (como “Liberdade” ou “Homem Sol”) e até experimentações (como na extravagante “Tchaikovsky”), sem, contudo, perder a abordagem sensível e viajada (que permeia também as letras).
Peixefante foi gravado em 2016, no Complexo Estúdio, em Goiânia, e sai pelo selo Dull Dog Records (mesmo de Brvnks e Black Drawing Chalks). A banda é formada por Luique (baixo e voz), Lipito Melo (teclados, violão e voz), Arthur Ornelas (teclados, guitarras e voz), Enzo Sprung (bateria e voz) e Walter Navarrete (guitarras).
Conheça Peixefante abaixo.