Foi feita uma análise da frequência sonora da voz do cantor a partir de entrevistas e dos vocais isolados das faixas do Queen
Independente de qual for a sua opinião sobre a banda inglesa Queen, é inegável o surpreendente alcance vocal do saudoso Freddie Mercury. Para comprovar o que poderia parecer óbvio para muita gente, uma equipe de pesquisadores europeus (ah, eles e suas eternas pesquisas curiosas) divulgou recentemente no jornal científico Logopedics Phoniatrics Vocology um estudo detalhado sobre a voz de um dos maiores cantores de todos os tempos. Basicamente eles usam um monte de jargão técnico para comprovar o que todo mundo já sabia: era um absurdo o tanto que Mercury cantava.
O artigo se baseou em seis entrevistas dadas pelo músico e nos vocais dele isolados das faixas do Queen. Embora os pesquisadores não tenham conseguido comprovar a antiga crença de que Mercury tinha um alcance de quatro oitavas, algo extremamente raro, eles concluíram algumas coisas interessantes. Entre elas, foi deduzido que, diferente do que se pensava, a extensão de voz do cantor estaria mais próxima do barítono, não tenor.
Outra característica marcante descoberta foi que as pregas vocais de Mercury se moviam mais rápido do que as de outras pessoas. Enquanto um vibrato normal – técnica de canto que consiste em variar a frequência de uma nota – vibra entre as frequências 5,4 Hz e 6,9 Hz, o vocalista do Queen era capaz de atingir surpreendentes 7,4 Hz.
Ouça abaixo os vocais isolados de Mercury da faixa “Somebody to Love” do álbum do Queen A Day at the Races (1976).