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Atitude punk: filho do empresário dos Sex Pistols queimará milhões de libras em memorabilia musical

A iniciativa é uma reação ao evento que vai celebrar o aniversário de 40 anos do punk

Rolling Stone EUA Publicado em 22/03/2016, às 14h03 - Atualizado em 23/03/2016, às 13h42

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Joe Corré - Nick Harvey/REX Shutterstock/AP
Joe Corré - Nick Harvey/REX Shutterstock/AP

Filho do falecido empresário dos Sex Pistols Malcolm McLaren e da designer de moda Vivienne Westwood, Joe Corré anunciou que queimará sua coleção de memorabilia e raridades ligadas à cena punk britânica, entre discos, roupas e outros itens. Ao todo, os objetos somam 5 milhões de libras, estima-se, segundo o jornal The Guardian. Trata-se de uma reação/protesto contra uma série de eventos organizados pelo estado e com o patrocínio de empresas chamada Punk.London, que contará com shows, exibição de filmes, debates e exposições para celebrar o aniversário de 40 anos do punk.

Insatisfeito com o fato de que a organização dos eventos é financiada por autoridades britânicas como a Loteria Nacional e por símbolos da indústria musical como a Live Nation, Corré afirmou que planeja queimar toda sua coleção no famoso distrito londrino de Camden (considerado o berço do punk na capital), no dia 26 de Novembro – mesma data em que foi lançado o single Anarchy In The U.K., que inauguraria a cena punk na Inglaterra.

“O fato de a Rainha ter abençoado a ideia de 2016 ser o Ano do Punk é simplesmente a coisa mais assustadora que eu já ouvi na minha vida”, disse Corré. “É um grande exemplo do punk e a cultura alternativa sofrendo apropriação por parte do mainstream. Em vez de um movimento em prol da mudança, o punk se tornou uma porra de peça de museu.”

Corré – que seguiu os passos de sua mãe no mundo da moda e fundou a marca de lingerie Agent Provocateur – ainda comparou 2016 a 1976 ao dizer que a sociedade britânica sofre da mesma “doença generalizada” que desaguou no nascimento ao punk. “As pessoas estão apáticas. E essa apatia faz com que elas se tornem conformistas. As pessoas não se sentem mais ouvidas, e por causa disso elas deixaram de lutar pelo que acreditam.”