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Exclusivo: Terno Rei lança Essa Noite Bateu Com um Sonho, segundo disco da carreira

A banda divulga novo álbum nesta quinta, 10, em show no Breve, em São Paulo

Gabriel Nunes e Lucas Brêda Publicado em 10/11/2016, às 14h48 - Atualizado às 18h19

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O grupo paulistano Terno Rei - Fabio Ayrosa
O grupo paulistano Terno Rei - Fabio Ayrosa

Por Gabriel Nunes e Lucas Brêda

O Terno Rei divulga, com exclusividade pelo Sobe o Som, o segundo e mais recente disco da carreira, Essa Noite Bateu Com um Sonho. O álbum, que dá sequência ao debute Vigília (2014) e ao EP Trem Leva Minhas Pernas (2015), ganha show de pré-lançamento nesta quinta, 10, no Breve, em São Paulo. Além do grupo, apresenta-se no local a banda canadense TOPS.

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O novo trabalho do quinteto foi registrado ao vivo e produzido por Guilherme Chiappetta. Lançado pelo selo independente paulistano Balaclava, o LP entrelaça influências do lado mais melódico do noise pop oitentista, de nomes como Jesus and Mary Chain e Mazzy Star, à sonoridade minimalista de bandas como Warpaint e Kurt Vile.

"Em comparação ao nosso trabalho anterior, Vigilia, este disco está um pouco menos carregado e um pouco mais rápido também”, afirma o guitarrissta Bruno Paschoal. “Vem muito do que estamos ouvindo há alguns anos e da convivência intensa da banda, que refletiu em uma sonoridade um pouco mais alegre.”

Mais sobre a banda Terno Rei

Dois mil e catorze pode não ter sido o primeiro, mas deve ser considerado o ano de surgimento do Terno Rei. Foi quando saiu Vigilia, disco de estreia da banda, que captura elementos de space rock e dream pop, soando como se o Slowdive fosse composto por jovens de 20 e tantos anos e tivesse nascido na São Paulo do século 21. “No primeiro álbum, estávamos numa vibe bem ‘lenta’”, conta Ale Sater, vocalista e baixista da banda.

Lançado pelo selo independente Balaclava, Vigilia até foi bem recebido pela crítica, mas não chegou a alavancar a carreira do Terno Rei. Os anos seguintes, contudo, foram decisivos: a banda tocou no respeitado festival Primavera Sound, em Barcelona, em 2015, foi selecionada para gravar um EP em ação da Converse Rubber Tracks e participou de uma campanha da Peugeot para promover um modelo de carro (um vídeo do Facebook em que Sater é entrevistado no veículo já passa das 10 milhões de visualizações).

Ainda que não tenha tornado o grupo um sucesso, a exposição abriu caminhos interessantes para o Terno Rei. “Essas coisas de concurso nunca dão certo, mas esse da Converse rolou”, conta Sater, cujo pai é primo do famoso cantor e ator Almir Sater. “Gravamos o EP em um estúdio bacana e aquilo acabou sendo uma ponte.” A “cagada” foi tanta, brinca Sater, que quando foram registrar Trem Leva Minhas Pernas – que saiu em 2015, com duas faixas – os integrantes sequer tinham composto novas faixas. “Fizemos dois ensaios e escolhemos duas músicas. E o resultado ficou bem legal.”

Dali veio o segundo disco do Terno Rei. “Achamos uma sonoridade que já era um pouco diferente da do Vigilia, mas que tinha ainda mais a ver com a gente”, explica o vocalista. “Além disso, ficamos mais velhos, né? A gente se conheceu mais, ficamos muito amigos. E, nesse disco, teve muito mais composições que vieram do resto do pessoal. Eles participaram bastante.”

Apesar de Sater chamar Essa Noite Bateu Como Um Sonho de “mais animadinho”, o trabalho ainda carrega a melancolia íntima e a frieza desoladora que já moldam a personalidade do Terno Rei. “Sinto que existe um limite, sim, é um público limitado”, confessa Sater, lamentando as possibilidades de crescimento da banda, uma das poucas com esse estilo de som a sobressair no país. “Tento não pensar muito nisso e gostaria que não houvesse isso. E acho que também deve ter alguém que procura: ‘Olha, é uma banda de dream pop no Brasil, que interessante! Vou ouvir”.

Ouça abaixo, em primeira mão, o novo álbum do Terno Rei.

Terno Rei e TOPS no Breve, em São Paulo

10 de novembro, às 21h

Breve - Rua Clélia, 470

Ingresso: R$ 40 (inteira) e R$ 25 (ingresso promocional)