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Kendrick Lamar rompe a mesmice do rap norte-americano com o inovador To Pimp A Butterfly

Álbum foi divulgado na noite do último domingo, 15

Thiago Neves Publicado em 16/03/2015, às 14h56 - Atualizado em 22/04/2015, às 17h24

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Kendrick Lamar - Katie Darby/AP
Kendrick Lamar - Katie Darby/AP

A espera finalmente acabou. De surpresa, na noite deste domingo, 15, To Pimp A Butterfly, novo álbum de Kendrick Lamar, ficou disponível no iTunes – e, posteriormente, no serviço de streaming Spotify. O lançamento pegou muita gente de surpresa. Recentemente, Lamar disse que o disco chegaria aos fãs no dia 23 de março.

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A aparição nos serviços de música online, contudo, foi a única surpresa. Era sabido que To Pimp A Butterfly não seria uma continuação de Good Kid M.A.A.D City, lançado em 2012. A teoria se confirmou e o rapper de Compton surge com um material completamente diferente da discografia dele.

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A produção executiva de Anthony Tiffith e Dr. Dre originou um trabalho que carrega a sonoridade de nomes como Flying Lotus (“Wesley’s Theory”) e Thundercat (“These Walls”), no entanto – e talvez aí esteja o grande mérito de To Pimp A Butterfly - o disco não poderia ser de nenhum outro artista que não Kendrick Lamar. A solidez de Good Kid M.A.A.D City certamente colocou interrogações na mente de todos os fãs do rapper: o que vem a seguir? O nível será mantido? Felizmente, a resposta é afirmativa em ambos os casos. To Pimp A Butterfly provou tanto a capacidade criativa de Lamar quanto a manutenção de uma voz ímpar, de rimas extremamente pessoais e complexas.

Outro ponto forte do disco é a discussão a respeito de questões raciais nos Estados Unidos. O caráter político das letras de Lamar não são novidade, pois desde Section.80, álbum de estreia do cantor, a violência policial é pauta. No entanto, o tom sobe em To Pimp A Butterfly, da desafiadora “The Blacker The Berry” até a sóbria “Mortal Man”, os versos do músico deixam clara a postura dele em relação aos abusos institucionais norte-americanos.

Discos internacionais aguardados que serão lançados em 2015.

A capa do álbum, divulgada na última semana, complementa o conteúdo do registro: a voz de Compton deve ser ouvida, nem que ela tenha de invadir a Casa Branca.

"Don't all dogs go to heaven? Don't Gangsta's boogie? Do owl shit stank? Lions, Tigers & Bears. But TO PIMP A BUTTERFLY. Its the American dream nigga...." - lil Homie.

Uma foto publicada por Kendrick Lamar (@kendricklamar) em

Ouça To Pimp A Butterfly na íntegra: