Segurança Nacional - O Filme

Redação

Publicado em 09/01/2010, às 10h48

Tudo o que sobe tem que descer. Essa é a epifania que Isaac Newton teve ao, reza a lenda, ser atingido em cheio no cocoruto por uma maçã. Algumas décadas se passaram e o homem quis subir mais. E tudo foi para os ares - literalmente, com o invento do avião.

Para fazer jus ao calo na cabeça de Newton, os vigilantes do espaço aéreo brasileiro sabem que o que está lá em cima vai precisa descer mais cedo ou mais tarde - e o buraco, às vezes, é mais embaixo. Caso, por exemplo, do quiproquó sobre a compra dos caças que renovarão a frota da Força Aérea Brasileira.

O governo pôs três concorrentes no páreo: o sueco Gripen NG, o F-18 estadunidense e o Rafale francês. Recentemente, a Aeronáutica colocou o Gripen no topo ranking. O modelo satisfaz critérios como transferência de tecnologia e é o mais em conta. Nem por isso o clima de "já ganhou" vai para a Suécia - o Rafale, afinal, sempre contou com a simpatia de Lula, que tem a palavra final no assunto. O impasse vem causando mal-estar nos bastidores do governo.

Por que é tão importante proteger o céu brasileiro? Nossa última grande guerra, contra o Paraguai, aconteceu nos anos 60... do século 19. Décadas antes, portanto, de o avião ser inventado. Não há motivos para torrar tanta grana em brinquedinhos bélicos se nosso país não está sob ameaça militar, ao menos a curto e médio prazo, esperneiam os opositores. Mas há quem pense diferente. Bem diferente.

Já no título, Segurança Nacional - O Filme entrega o tom alarmista. Na produção de Roberto Carminati, Milton Gonçalves interpreta o presidente do Brasil, Ângela Vieira é a diretora da Abin (uma espécie de CIA verde-amarela), Thiago Lacerda, um agente do órgão de inteligência, e o mexicano Joaquin Cosio vive um terrorista que planeja explodir um quartel general do Sistema de Vigilância da Amazônia, o SIVAM.

O mote: "O Brasil nunca negociou com terroristas, e não será esta a primeira vez". Baseado "em fatos reais e confidenciais", segundo site oficial, o filme põe a guerra aérea em primeiro plano. Não é uma guerra convencional, como aquelas travadas entre países. Traficantes, terroristas, espiões - um mexidão de interesses que dá caldo para uma produção com todo desejo de se tornar blockbuster de ação no Brasil, país pouco acostumado com o gênero.

Assista ao trailer de Segurança Nacional - O Filme:

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