Ozzy Osbourne, cidadão que sobreviveu a abusivos usos de drogas e bebidas, é, em parte, Neandertal. De acordo com nota publicada pelo site ABC News, a descoberta do cientista Jorge Conde, fundador do Knome Inc. Conde, foi apresentada em uma conferência realizada na semana passada em San Diego, na Califórnia.
Osbourne foi convidado, em junho, para um estudo que sequenciou seu DNA para saber como as drogas e o álcool são absorvidos por seu corpo. O estudo do genoma do músico, no entanto, entregou que o "Príncipe das Trevas" possui genes de Neandertal, hominídio extinto há cerca de 29 mil anos. "As pessoas achavam que não havia descendentes hoje em dia, mas existem", disse à ABC News o geneticista Nathan Pearson, diretor de pesquisa da Knome. "No leste da Ásia e Europa, muitos de nós temos uma pequena ancestralidade Neandertal e encontramos um pouco nos genes de Ozzy."
Em entrevista à INFO Online, Pearson detalhou: "Analisando o DNA do Ozzy, encontramos um fragmento pequeno de Neandertal no cromossomo 10", explicou. "É apenas um fragmento de três mil, quatro mil bases. Ele não contém nenhum gene, porém está muito próximo ao gene envolvido na construção da retina. Essa proximidade pode significar que as bases desse fragmento possam de alguma forma ajudar a retina", diz.
Outras descobertas acerca do material genético de Ozzy envolvem parentesco do ex-Black Sabbath com grandes nomes da história. O DNA mitocondrial (herdado apenas da mãe) de Ozzy também foi estudado. "Ao olhar para esse material, vemos de onde a avó, da avó, da avó, da avó de sua mãe veio. No caso, Ozzy possui um DNA mitocondrial tipo T-2, muito raro na Europa", disse o cientista ao veículo brasileiro. "Ozzy agora sabe que tem como 'primos' por parte de mãe Jesse James, alguns dos habitantes que morreram em Pompéia, o czar russo Nicolau II..."
Porém, ainda não se sabe se dá para atribuir a "proteção" de Ozzy ao seu DNA Neandertal, já que tais fragmentos, que têm sido encontrados em alguns humanos, são tão pequenos que, até onde se tem conhecimento, não são significativos. "Pode ser, é claro, que os Neandertais nos tenham dado algo importante. Mas isso ninguém sabe ainda. O que se sabe é que não dá para olhar para alguém e dizer, por exemplo, 'sua sobrancelha é Neandertal'", diz Pearson.