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300, de Zack Snyder, 'promove supremacia branca', diz especialista em mitologia grega

Segundo Peter Meineck, especialista em mitologia grega, 300 peca bastante na representação dos persas

Redação Publicado em 11/07/2022, às 12h04

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300 (Foto: Reprodução)
300 (Foto: Reprodução)

Dirigido por Zack Snyder, 300 (2006) é considerado um filme "racista" que "promove supremacia branca" por Peter Meineck, especialista em mitologia grega e professor na New York University (NYU).

A produção é protagonizada pelo governante espartano Rei Leônidas (Gerard Butler), responsável por liderar um exército de 300 homens na batalha contra Xerxes, também conhecidas como O Deus-Rei. Leônidas invade o vasto exército do Rei Deus de mais de 300 mil soldados. Enquanto isso, sua esposa, a rainha Gorgo (Lena Headey), tenta reunir outras pessoas para apoiar o marido.

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300 foi um sucesso de bilheteria, e arrecadou US$ 456,1 milhões nas bilheterias - e teve orçamento de US$ 65 milhões. Enquanto o filme tenta ao máximo retratar os espartanos sob uma grande luz, ele decepciona os persas, segundo Meineck. O especialista em mitologia acha o filme bom, mas analisou como conta alguns aspectos problemáticos.

"Uma das coisas que eu realmente não gosto neste filme é como os persas são apresentados," afirmou em vídeo para Vanity Fair. "Eles são quase não-humanos. Retorcido e meio vil, e para mim, é realmente bastante racista, na verdade… meio que promove supremacia branca contra esse tipo horrível de invasão de pessoas pardas, e é completamente impreciso."

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Peter Meineck também apontou a representação incorreta de personagens com deficiência, e observou como, embora haja relatos de personagens com deficiência, o filme fez uma injustiça ao personagem "deformado."

"Ele certamente não é tão deformado quanto esse personagem. E, novamente, isso também é meio problemático. Há uma conexão entre perfeição física em beleza e lealdade e verdade. Como esse personagem não se encaixa nesse ideal, ele tem que ser enganador," explicou na entrevista.

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Currículo de Peter Meineck

Além de lecionar na NYU, Peter Meineck também fundou a companhia de teatro Aquila Theatre e atua como diretor do programa de humanidades. Ele também ocupou cargos na Universidade da Carolina do Sul e Princeton University.

Meineck também é membro do corpo docente afiliado da Tisch School of the Arts da NYU. Ele produziu e dirigiu diversas produções teatrais, como Ajax, Wasps, Romeu and Juliet, Catch-22, Murder on the Nile, An Enemy of the People, Prometheus Bound e The Invisible Man.

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O especialista em mitologia grega traduziu e publicou dramas gregos. Os trabalhos dele incluem The Trials of Socrates: Six Classic Texts, Oresteia, Clouds, Theatrocracy and Combat Trauma e The Ancient Greeks.