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Cinema / NOVA VERSÃO

5 coisas que você precisa saber antes de ver Calígula: O Corte Final

Reedição do longa de 1979 estreia no Brasil em 5 de dezembro e promete abordagem mais refinada para o polêmico filme

Por Rodrigo Tammaro Publicado em 25/11/2024, às 14h29

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'Calígula: O Corte Final' (Foto: Divulgação/Analysis Film Releasing Corporation)
'Calígula: O Corte Final' (Foto: Divulgação/Analysis Film Releasing Corporation)

Lançado originalmente em 1979, o filme Calígula chocou o público com uma mistura de narrativa épica e cenas de conteúdo explícito, o que fez dele um dos mais polêmicos de sua geração.

Agora, em comemoração aos 45 anos da produção dirigida por Tinto Brass, Giancarlo Lui e Bob Guccione, a A2 filmes prepara uma nova versão para o longa.

A reconfiguração promete corrigir os problemas narrativos e adotar uma abordagem mais refinada para o filme.

Calígula: O Corte Final foi criado a partir de uma grande quantidade de material bruto sob supervisão do historiador Thomas Negovan. O filme estreou no festival de Cannes em maio e chega oficialmente aos cinemas brasileiros no dia 5 de dezembro.

A seguir, veja o que você precisa saber antes de assistir à Calígula: O Corte Final

1. Enredo

Na trama, o jovem Calígula (Malcolm McDowell), assombrado pelo assassinato de sua família, toma o trono do decadente Império Romano ao eliminar seu avô adotivo (Peter O'Toole), mergulhando em um ciclo de corrupção, violência e insanidade.

A montagem é um tratado sobre os efeitos devastadores do poder e da corrupção, com as intensas performances de McDowell e de Helen Mirren, que vive a sedutora Cesônia, acompanhadas por cenários exuberantes criados pelo vencedor de dois Oscars, Danilo Donati.

2. Nova versão com mudanças

Calígula: O Corte Final foi criado a partir de 96 horas de material bruto, com cenas inéditas gravadas em 1976. Desta forma, a nova versão mantém a mesma estrutura narrativa, mas não utiliza a mesma ordem de cenas da produção original.

Além disso, o filme evita as partes mais controversas, excluíndo as cenas de sexo explícito adicionadas após a demissão de Tinto Brass, substituido por Giancarlo Lui a pedido do produtor Bob Guccione.

Na montagem original, Guccione adicionou cenas de pornografia filmadas separadamente, misturando erotismo exagerado com a trama sobre os excessos do Império Romano. As sequências dirigidas por Lui desestruturaram o filme, que passou a ser criticado pela desconexão narrativa, o que foi alterado na nova versão.

3. Trilha sonora

Outra mudança de destaque é a trilha sonora. O conteúdo original foi substituído por uma nova produção, criada pelo compositor Troy Sterling Nies. A alteração traz uma trilha que intensifica o tom épico da obra, aproximando-a de produções contemporâneas de temática semelhante, como Gladiador, e garantindo um ritmo mais contemplativo e menos frenético.

4. Resolução

A restauração em 4K trouxe um aprimoramento significativo à qualidade visual do longa, que, até então, estava disponível apenas em versões de baixa resolução. 

Além disso, a equipe utilizou inteligência artificial para refinar cenários e recuperar faixas de áudio antes inutilizáveis.

Essas estratégias garantem uma melhor experiência para os espectadores, que estarão diante de um filme reconhecido pelos figurinos elaborados e exuberantes.

Cena de Calígula com Malcolm McDowell e Helen Mirren (Foto: Reprodução)

5. Reações

Tinto Brass, o diretor original, desaprova Calígula: O Corte Final. O cineasta não tem nenhum envolvimento com o projeto e chegou a ameaçar processar os produtores do filme.

Por outro lado, os protagonistas Malcom McDowell e Helen Mirren declararam apoio à nova edição.

Além dos dois, o longa conta com nomes como Teresa Ann Savoy (Drusilla), Peter O'Toole (Tibério) e John Gielgud (Nerva).

O filme chegará aos cinemas brasileiros no dia 05 de dezembro, com distribuição da A2 Filmes.

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