A cena ‘humilhante’ de nudez que Jessica Alba se arrepende de gravar

Jessica Alba admitiu que não gostou da experiência de filmar uma cena do filme Quarteto Fantástico (2005), na qual sua personagem, Sue Storm, aparece completamente nua em uma ponte. “Achei aquilo horrível”, compartilhou durante palestra no Festival de Cinema do Mar Vermelho, segundo a Variety (via E-News). “Foi muito humilhante na vida real.”

O filme acompanha quatro astronautas (Reed Richards, Sue Storm, Johnny Storm e Ben Grimm) que ganham superpoderes após uma tempestade cósmica em uma missão espacial. Devido aos seus poderes, em determinada cena Sue fica invisível, e suas roupas também desaparecem, resultando em uma breve nudez.

Na época, a atriz sentiu que o nudismo no filme ia contra a maneira como ela foi criada. “Cresci numa família bastante conservadora e sou uma pessoa bastante modesta”, explicou. “Temi aquela cena por semanas. Ainda tenho muito trauma daqueles dias.”

No entanto, Jessica, aos 44 anos, ainda guarde boas lembranças de interpretar Sue Storm, também conhecida como a Mulher Invisível nos quadrinhos da Marvel. “Ela era uma mulher que eu admirava muito”, disse. “Ela era muito maternal e muito gentil, mas também não era submissa; dizia o que pensava. Ela tinha uma bússola moral impecável.”

Segundo a atriz, não era comum personagens femininas serem tão independentes na época do lançamento do filme. “Muitas vezes, as mulheres nessas histórias precisam ser salvas por um homem ou pelo vilão, o problema da história”, ela lembrou. “Isso era antigamente. Agora é diferente.”

Em fevereiro de 2024, Jessica lançou sua própria produtora, a Lady Metalmark Entertainment. Co-fundada com Tracey Nyberg, seu foco principal é criar de narrativas diversas, lideradas por mulheres, ampliando a visibilidade de vozes femininas em Hollywood.

“Quando você tem muitos homens brancos no comando, eles se sentem mais à vontade para contar histórias através da perspectiva deles”, afirma. “Eles não te conhecem. Eles não cresceram com uma mulher que cresceu como eu. Francamente, muitos deles não tiveram mulheres [em suas vidas] que fossem fortes — não apenas administrando a casa, mas também gerando renda.”

Jessica ressalta que não culpa Hollywood por isso, mas enfatiza que a transformação é necessária em todas as áreas. “Ainda não temos muitas mulheres em cargos de liderança”, observou, “Mas, como mulher miscigenada*, não vejo as mesmas barreiras que elas podem ver.”

*A própria Jessica Alba se caracteriza como “a woman of color” (uma mulher de cor).

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