Para o ator e diretor de Hollywood, a maioria dos filmes que vão ao Oscar não traz interesse, com exceção de Projeto Flórida ou Ainda Estou Aqui
Ator conhecido por filmes como Uma Lição de Amor (2001), Sobre Meninos e Lobos (2003), Papai (2023) e Picardias Estudantis (1982), Sean Penn realizou duras críticas para Hollywood, cuja "extraordinária covardia" chega a "limitar" o potencial do cinema.
Em participação no Festival de Cinema de Marrakech, onde recebeu o prêmio pelo conjunto da obra, Penn falou sobre o atual estado da indústria. "A Academia [de Artes e Ciências Cinematográficas] tem exercido uma covardia realmente extraordinária quando se trata de fazer parte do mundo maior da expressão e, de fato, tem sido amplamente responsável por limitar a imaginação e limitar muito as diferentes expressões culturais," afirmou (via Variety).
Então, não fico muito animado com o que chamamos de Oscar [exceto] quando um filme como Projeto Flórida (2017), ou Ainda Estou Aqui (2024) [são indicados], ou, você sabe, Emilia Pérez (2024), das coisas que provavelmente acontecerão este ano.
Em seguida, Penn acrescentou como a indústria tem "medo" de abordar tópicos políticos controversos, referindo-se ao recente filme biográfico de Donald Trump, intitulado O Aprendiz, que deve ficar fora da próxima temporada de premiações.
"É de cair o queixo o quanto esse negócio de rebeldes tem medo de um grande filme como esse, um com ótimas, ótimas atuações. [É incrível] que eles também possam ter tanto medo quanto um pequeno congressista republicano insignificante," disse.
"Em todo o mundo [há] essa demanda por diversidade – mas não diversidade de comportamento e não diversidade de opinião ou linguagem. Eu apenas encorajaria todos a serem tão politicamente incorretos quanto seus corações desejarem e a se envolverem com a diversidade e a continuarem contando essas histórias," continuou Sean Penn.
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