Angelina Jolie conversa sobre sua mastectomia: ‘Compartilho essas cicatrizes com muitas mulheres que amo’

Doze anos após sua decisão de se submeter a uma dupla mastectomia preventiva, Angelina Jolie está mostrando publicamente suas cicatrizes da cirurgia para ampliar a conscientização sobre a saúde da mama e a prevenção do câncer de mama.

Durante uma entrevista à revista Time France , Jolie foi questionada sobre o motivo de ter decidido revelar os resultados do procedimento. “Compartilho essas cicatrizes com muitas mulheres que amo”, disse a vencedora do Oscar à publicação, que divulgou uma prévia da matéria nesta segunda, 15 — a entrevista completa será lançada na quinta, 18. “E sempre me emociono quando vejo outras mulheres compartilhando as suas. Quis me juntar a elas, sabendo que a Time France compartilharia informações sobre saúde da mama, prevenção e conhecimento sobre o câncer de mama.”

Em um artigo de opinião para o The New York Times em 2013, intitulado “Minha Escolha Médica“, Jolie revelou ser portadora de um gene anômalo, o BRCA1, que, segundo estimativas médicas, lhe conferia um risco de 87% de desenvolver câncer de mama e 50% de desenvolver câncer de ovário. Jolie — cuja mãe, a atriz Marcheline Bertrand, faleceu em 2007 aos 56 anos após ser diagnosticada com câncer — realizou as mastectomias em 27 de abril daquele ano.

“Eu queria escrever isso para dizer a outras mulheres que a decisão de fazer uma mastectomia não foi fácil”, escreveu Jolie na época. “Mas é uma decisão com a qual estou muito feliz. Minhas chances de desenvolver câncer de mama caíram de 87% para menos de 5%. Posso dizer aos meus filhos que eles não precisam temer me perder para o câncer de mama.”

Em março de 2015, Jolie afirmou que, como medida preventiva contra o câncer de ovário, também removeu seus ovários e trompas de Falópio.

Jolie estrela o próximo filme de Alice Winocour, Couture (2025), no qual interpreta uma cineasta americana que descobre ter câncer de mama durante a Semana de Moda de Paris. “Minha mãe ficou doente por anos. Certa noite, quando lhe perguntaram sobre a quimioterapia, ela ficou muito emocionada e me disse que preferia ter falado sobre outra coisa; ela sentia como se a doença estivesse se tornando toda a sua identidade”, disse Jolie à Time France. “Adoro este filme porque ele conta uma história que vai muito além da jornada de uma pessoa doente: ele mostra a vida. Foi essa perspectiva luminosa que me tocou e me fez querer interpretar esse papel.”

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