Ator fez uso da técnica inusitada em peça de teatro e passou a utilizá-la nos demais trabalhos de sua carreira
Publicado em 30/10/2024, às 08h00
Austin Butler se consolidou como um nome de destaque em Hollywood atualmente. Com carreira iniciada em 2005, o ator de 33 anos foi alçado de vez ao estrelato após interpretar Elvis Presley na cinebiografia do cantor, lançada em 2022. O papel rendeu a ele um Globode Ouro e uma indicação ao Oscar.
Em recente entrevista à Dazed, Butler revelou uma inusitada curiosidade sobre seu método de atuação. O artista confessou fazer uso de cheiros para ajudá-lo na caracterização de seus personagens, além de outros fatores.
Inicialmente, ele explica:
Tudo que você acrescenta te ajuda a suspender a descrença e a encontrar essas chaves para a pessoa que você pretende se tornar. Desde a música que você ouve até os cheiros que estão ao seu redor, ou o trabalho vocal que altera seu padrão de respiração, descobrir como o personagem caminha. Todos são elementos que te ajudam a se sentir cada vez mais capaz de entender essa pessoa.”
Na sequência, Butler foi um pouco mais a fundo na questão de como um cheiro pode ajudá-lo na caracterização de seus personagens. Ele revelou a primeira vez em que fez uso da técnica.
A primeira vez em que usei foi nessa peça em Nova York chamada The Iceman Cometh e era meio que um experimento para mim. Nos ensaios, usava esse óleo essencial que cheirava enquanto ensaiava as cenas, o usava para evocar certas lembranças ou emoções e o levava durante a exibição da peça. Então, todas as noites, antes de entrar no palco, colocava esse óleo e era incrível como despertava minha imaginação e estados emocionais.”
Após interpretar Elvis Presley, Austin Butler foi escalado para viver Feyd-Rautha Harkonnen em Duna: Parte 2 (2024). Sua preparação para interpretar o personagem não foi diferente.
Tinha uma mulher em Londres chamada Ozzy e escutei algumas histórias míticas sobre ela ter criado fragrâncias para Johnny Depp e Jude Law, ter criado coisas diferentes para personagens distintos. Ela é capaz de juntar todos os cheiros de coisas que você jamais imaginaria, como o cheiro de piche ou o cheiro de asfalto e pólvora. Então, para o Feyd, esses foram alguns dos cheiros com os quais trabalhei.”
O mesmo foi feito para Clube dos Vândalos (2023), seu trabalho anterior a Duna: Parte 2. Neste caso, eram cheiros de “gasolina e óleo de motocicletas”, visto que interpretava um membro de um clube de motociclistas.
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Colaborou: Augusto Ikeda.