Cailee Spaeny descobriu que estaria em Alien: Romulus pelo Instagram
Atriz conversou conosco sobre processo de seleção para o filme e como descobriu que estaria nele; confira a entrevista completa
Angelo Cordeiro (@angelocinefilo)
Publicado em 11/09/2024, às 15h30 - Atualizado em 21/11/2024, às 15h00Cailee Spaeny vem colecionando papéis memoráveis em sua ainda breve carreira. Nos últimos dois anos, a atriz norte-americana de apenas 26 anos atuou em Priscilla (2023), Guerra Civil (2024) e, mais recentemente, em Alien: Romulus, que acaba de chegar ao catálogo do Disney+, após arrecadar uma bilheteria de mais de US$ 350 milhões mundialmente — a segunda maior da franquia, atrás apenas de Prometheus, de 2012, com US$ 403,3 milhões.
Para celebrar o sucesso da novidade, a Rolling Stone Brasil, em parceria com o CineBuzz, conversou conversou com Cailee Spaeny sobre o processo de seleção de elenco para o filme de Fede Alvarez e a forma inusitada que descobriu sua escalação, e muito mais. Confira a entrevista completa a seguir:
Como você conseguiu o papel em Alien: Romulus?
Cailee Spaeny:Eu fiz uma audição para um dos filmes do Fede Alvarez [diretor da novidade] no início da minha carreira e não consegui o papel, mas aparentemente acabei ficando na mente dele. Não tive contato com Fede por anos e anos e, então, certo dia, recebi um e-mail dizendo que fariam um novo Alien, o que me deixou muito empolgada, mas também [com a responsabilidade de] ter que fazer isso direito.
O que você quer dizer com “ter que fazer direito”?
C.S.:Eu sou uma grande fã dessa franquia e ela tem que estar nas mãos certas. Já tivemos alguns filmes dela, então trazer uma novidade é uma grande pressão. Então, quando vi que era o Fede, eu fiquei realmente empolgada para conversar com ele, porque ele tem um ótimo domínio do horror e do que torna as coisas assustadoras.
Como descobriu que o papel seria seu?
C.S.:Descobri na internet. Acho que chegou à minha equipe primeiro. Não sei se vazou ou algo assim, mas eu descobri enquanto estava rolando o Instagram, o que é uma forma realmente estranha de descobrir, mas eu fiquei encantada.
Como foi o processo de filmagem? E qual foi a experiência mais desafiadora no set de gravações?
C.S.:O Fede filmou cronologicamente, então nossa primeira cena no filme foi nosso primeiro dia no set, a última cena foi nosso último dia. Quando você filma um filme como este, o maior desafio é a resistência. É uma filmagem longa. Foram seis meses de filmagem. E há, obviamente, uma grande pressão por ser uma mulher nesta franquia, após o trabalho incrível da Sigourney Weaver. Mas acho que, mais do que qualquer coisa, [o desafio] é manter o foco no objetivo o tempo todo, que é fazer um filme com muito amor para os fãs.
E qual foi a parte mais recompensadora do processo?
C.S.:Ter o Fede lá realmente injetou alegria no processo de filmagem, porque ele nos lembrava constantemente de como éramos sortudos por ter essa experiência, e é verdade. Todos eram muito solidários uns com os outros. Foi tão bom fazer um filme com pessoas da mesma faixa etária, porque estávamos passando por isso juntos. Então, qualquer desafio que eu tenha tido, eu senti que o apoio do elenco e da equipe realmente dissipou tudo isso.
O que o Fede Alvarez exigia de vocês no set?
C.S.:A atuação é de primeira linha e o Fede realmente nos pressionou por isso. Ele dizia: “Tirando a ficção científica e o terror, como isso pareceria em um drama independente?”. Ele queria que nós garantíssemos que estávamos dando o nosso melhor desempenho possível.
Você falou sobre Sigourney Weaver. Como você se sente compartilhando uma posição importante na franquia ao lado de um nome como esse?
C.S.: Temos a Sigourney, mas também temos Winona Ryder (Alien - A Ressurreição), Harry Dean Stanton (Alien, o 8º Passageiro), Bill Paxton (Alien, o Resgate)… Quero dizer, o nível de talento desses filmes… Eu me sinto apenas sortuda, não apenas por compartilhar a franquia com a Sigourney, mas com todos, inclusive o [colega de elenco] David Johnson .
É uma grande honra, porque algo que se destaca nesta franquia de ficção científica em particular é que eles [produtores e diretores] colocam a atuação no topo da lista. Isso é muito importante para eles. Eles não caem no clichê da má atuação em filmes de terror ou ficção científica.
O que você acha que faz Alien: Romulus se destacar dos demais filmes da franquia?
C.S.:Creio que seja encontrar o equilíbrio entre prestar homenagem e fazer um filme para os fãs de Alien, enquanto também é um filme que se sustenta completamente por conta própria, mesmo se você não tiver visto nenhum dos outros da franquia. Alien: Romulus funciona completamente se for o primeiro filme de Alien que você assistir.
Trazer um elenco mais jovem é algo que nunca vimos antes. E o Fede tem alguns truques na manga, em termos de trabalho com criaturas que nunca vimos antes, e eu creio que o coração desse filme é realmente o relacionamento da irmandade entre Rain [personagem da própria Cailee] e Andy [David Johnson], e essa dinâmica que também nunca foi mostrada nesses filmes.
Pra encerrar, qual é o seu filme favorito da franquia "Alien"?
C.S.: Essa [resposta] muda todos os dias. É um sorteio entre Alien, O 8.º Passageiro (1979) e Aliens, O Resgate (1986). Algumas das minhas falas favoritas são de Aliens, algumas das minhas performances favoritas são de Alien. Não consigo escolher.
É entre um dos dois, embora muitos outros filmes tenham momentos incríveis também. Prometheus (2012) é uma coisa completamente diferente, poderíamos falar sobre ele e Alien: Covenant (2017) por dias. Eu nunca consigo escolher qual é o meu favorito e acho que Alien: Romulus é uma combinação dos dois [Alien e Aliens], por isso que esse filme foi tão divertido, porque não tivemos que escolher, pudemos trazer o melhor de ambos e você vê isso nos trajes, na produção e no design, nas atuações, nas histórias e nas criaturas.
Especial de cinema da Rolling Stone Brasil
O cinema é tema do novo especial impresso da Rolling Stone Brasil. Em uma revista dedicada aos amantes da sétima arte, entrevistamos Francis Ford Coppola, que chega aos 85 anos em meio ao lançamento de seu novo filme, Megalópolis, empreitada ousada e milionária financiada por ele próprio.
Inabalável diante das reações controversas à novidade, que demorou cerca de 40 anos para sair do papel, o cineasta defende a ousadia de ser criativo da indústria do cinema e abre, em bom português, a influência do Brasil em seu novo filme: “Alegria”.
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O especial de cinema da Rolling Stone Brasil já está disponível nas bancas de jornal, mas também pode ser comprado na loja da editora Perfil por R$ 29,90. Confira:
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