Como parte da iniciativa que celebra os 40 anos da carreira de Selton Mello, a MUBI criou o especial 'Selton Mello: 40 Anos de Cinema'
A MUBI — produtora, distribuidora e serviço de streaming — anunciou o especial Selton Mello: 40 Anos de Cinema, como parte da iniciativa que celebra os 40 anos de carreira do cineasta.
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Seis filmes "que mostram o talento raro e a versatilidade de um dos principais nomes do cinema brasileiro de todos os tempos" chegam à plataforma nesta sexta-feira, 24. Confira os títulos:
Em São Paulo nos anos 1940, Pedro (Leonardo Medeiros, Cabra Cega) é encarregado de trazer de volta seu irmão André (Selton Mello), que se afastou da família por ter um pai dominador (Raul Cortez, O Caso dos Irmãos Naves), uma mãe excessivamente afetuosa (Juliana Carneiro da Cunha, Vazante) e pelo ciúme de Pedro em relação ao favoritismo do pai. O que complica a volta de André é o relacionamento incomum dele com sua irmã, Ana (Juliana Carneiro da Cunha, O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias). Considerado um dos melhores filmes brasileiros já realizados, esta saga familiar de Luiz Fernando Carvalho é estrelada por Selton Mello, em uma atuação avassaladora, como um filho pródigo dominado por desejos e tabus. Foi premiado em diversos festivais, dentre eles, Festival de Cinema Mundial de Montreal, Festival do Rio, Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires.
Dirigida por Heitor Dhalia, esta comédia sombria narra a história de Lourenço (Selton Mello), dono de uma loja de penhores que compra objetos usados de moradores desesperados, seja para seus jogos perversos de poder ou para o próprio sustento. Porém, ele perde o controle de sua vida ao conhecer uma garçonete (Paula Braun, Vida de Balconista) e com o cheiro do ralo de sua loja. Selton Mello empresta seu charme irresistível a uma personificação sombria e cômica do narcisismo em uma atuação magistralmente complexa. Em 2006, o filme foi premiado na Mostra de São Paulo e no Festival do Rio. No ano seguinte, foi exibido no Festival de Sundance.
Selton Mello empresta sua voz icônica para esta animação, dirigida por Luiz Bolognesi, sobre um homem de quase 600 anos que acompanha a história do Brasil. Enquanto busca a ressurreição de sua amada, Janaína (Camila Pitanga, Saneamento Básico – O Filme), ele atravessa batalhas entre tupinambás e tupiniquins, antes dos portugueses chegarem ao país, passando pela resistência à ditadura militar até a guerra pela água em 2096. Recebeu o prêmio de Melhor Filme no Festival de Cinema de Animação de Annecy em 2013.
Dois estranhos se conhecem (Selton Mello e Alessandra Negrini, 2 Coelhos) em um cemitério à beira-mar, e ele assume o cuidado dela, criando uma relação única, contando histórias e a fotografando. Tudo muda quando um rato destrói as fotos e ele começa a perceber que o rato tem um papel mais profundo em sua vida do que parece. Com direção de Júlio Bressane e Rosa Dias, é inspirado em dois contos de Machado de Assis. Foi exibido no Festival de Veneza de 2008.
Caio (Leonardo Medeiros) tem 40 anos e trabalha em um ferro-velho no interior. Próximo ao Natal, ele decide retornar para casa. Hoje, Caio possui uma companheira e uma ocupação constante, mas no passado levou uma vida de grande irresponsabilidade, marcando sua família com uma tragédia que parece não ter fim. A proximidade do Natal faz com que ele faça um balanço, decidindo retornar para casa, e sua visita pode incendiar um lar já em ruínas. Uma joia rara redescoberta pela MUBI. A estreia poderosa de Selton Mello como diretor mergulha no coração sombrio da época festiva, marcando o retorno às telas do ícone dos anos 1960 Darlene Glória. Oscilando entre realismo e poesia visual, rodada em 16mm, o cineasta escala o peso sufocante do desgosto familiar. Foi exibido e premiado em diversos festivais, entre eles, o Festival de Havana, Festival do Rio e Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Benjamim (Selton) e Valdemar (Paulo José, Macunaíma) formam a fabulosa dupla de palhaços Pangaré e Puro Sangue. Eles vivem pelas estradas na companhia da divertida trupe Circo Esperança. Mas Benjamim acredita que perdeu a graça e parte em uma aventura para realizar um sonho. Como diretor, co-roteirista e protagonista, Selton Mello reinventa o filme de estrada com esse sucesso de bilheteria elegante e profundo. Revelando a melancolia existencial por trás de um sorriso pintado, o longa contempla a vida de ator e os fardos do legado familiar com um raro senso de humor. O filme, um clássico contemporâneo, foi um sucesso gigante de bilheteria e crítica, premiado em dezenas de festivais pelo mundo, dentre eles, o Festival Internacional de Cinema de Chicago em 2011, e no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2012, em que se tornou o filme mais premiado de todas as edições, arrebatando 12 prêmios, um recorde intacto até hoje na festa da Academia do Cinema Brasileiro.