Nestes longas de terror, suspense e drama, o telefone tem um papel tão importante que torna-se quase um protagonista inanimado
Na última semana, chegou ao catálogo da Netflix o longa O Telefone do Sr. Harrigan, protagonizado pelo ator Jaeden Martell, de It: A Coisa. Escrita e dirigida por John Lee Hancock, a produção mistura drama, suspense e sobrenatural em uma trama instigante.
No filme, tudo começa em uma pequena cidade da Nova Inglaterra, com o jovem Craig realizando algumas tarefas domésticas para o misterioso e recluso Sr. Harrigan. Vivido por Donald Sutherland, o idoso bilionário é avesso às tecnologias modernas, mas acaba tornando-se amigo do adolescente e ambos passam a conversar por um smartphone.
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Tudo muda, no entanto, quando Sr. Harrigan morre e “a misteriosa conexão deles se recusa a terminar”, segundo a sinopse do filme. Craig sofre com a perda do amigo e, vítima de bullying na escola, continua ligando para o telefone do Sr. Harrigan. Para a surpresa do jovem, o aparelho enterrado junto do idoso passa a responder às chamadas.
Acontece que O Telefone do Sr. Harrigan não é a primeira produção a criar uma narrativa em que um telefone também funciona, de certa forma, como um personagem. Pensando nisso, separamos 10 filmes em que o telefone é um vilão, ou um ajudante. Confira:
Na clássica franquia de 1996, o vilão principal é, claro, o serial killer fanático por filmes de terror que usa uma aterrorizante máscara branca. Mas o que seria da narrativa do longa se o assassino não ligasse para suas vítimas antes? Dessa forma, quem assiste o filme consegue até sentir um arrepio quando vê e escuta o próximo telefone tocando na telona.
Toda a trama de Hushse passa em uma cabana na floresta, onde vive Madison Young, uma jovem escritora que perdeu a audição quando pequena. Um dia, seu próprio celular torna-se um vilão quando um homem mascarado entra em sua casa, rouba o aparelho, e começa uma sequência de jogos mentais enviando fotos dela para o computador da escritora.
Uma adaptação do conto de 2004 escrito por Joe Hill, o novo longa da Universal narra o sequestro do pequeno Finney Shaw (Mason Thames). Preso e mantido em cativeiro por um homem que utiliza uma máscara assustadora, o menino começa a se comunicar, através de um telefone preto, com as outras vítimas de seu sequestrador.
Interpretado por Colin Farrell, o publicitário Stu Shepard escuta um telefone público tocar enquanto caminhava pelas ruas de Nova York. O homem atenede o aparelho e, então, vê-se encurralado em uma cabine telefônica, já que, do outro lado da linha, um serial killer afirma estar armado com um fuzil e promete atirar no protagonista caso ele saia da cabine.
Outro clássico do cinema de terror, O Chamado tem dois vilões inanimados: uma fita de vídeo e o telefone — que, ao ser atendido, projeta uma voz fantasmagórica que anuncia a morte do interlocutor em “sete dias”. Protagonizado por Naomi Watts, é um dos primeiros longas dos quais as pessoas se lembram quando o assunto é uma ligação macabra.
Protagonizado por Halle Berry, o filme narra a frustração de uma operadora de emergência da polícia que não consegue salvar uma garotinha de um serial killer. Tempos depois, ela recebe a ligação de outra jovem, que está sendo sequestrada pelo mesmo homem.
Nesta trama alemã, tudo começa quando Karl Brendt (Wotan Wilke Möhring) recebe uma ligação enquanto leva seus filhos para a escola. Do outro lado da linha, um desconhecido afirma que colocou bombas no carro e que, em troca da sobrevivência do homem e das duas crianças, ele quer uma quantia milionária de dinheiro.
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Ao lado de um carrinho de cachorro quente no meio de uma praça, a empresária Liberty Wallace deve correr contra o tempo para livrar-se da mira de um sniper que, ao telefone, afirma que irá matá-la. O que ela não sabe, contudo, é que a ligação é muito mais pessoal do que imagina — e envolve uma tragédia causada, de certa forma, pelo trabalho dela.
Neste filme sul-coreano, as jovens Kim Seo-yeon e Oh Young-sook conversam por telefone em dois anos diferentes: uma em 2019, e a outra em 1999, respectivamente. Descobrindo morar na mesma casa, mas em períodos de tempo distintos, as jovens começam a brincar com o passado e o presente, compartilhando informações que mudam suas vidas constantemente — até que uma delas se torna uma serial killer.
O dia de Ryan (Chris Evans), um estudante universitário, muda completamente quando ele recebe uma ligação inesperada. Do outro lado da linha, a professora Jessica Martin (Kim Basinger) pede a ajuda do jovem, afirmando ter sido raptada por Ethan (Jason Statham), um criminoso cruel. Sem tempo para pensar, Ryan tem que ajudar a mulher, que está utilizando um telefone quebrado e não tem mais para quem ligar.
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Totalmente ambientado na tela de um computador, Buscandonarra a história de um pai (John Cho) na busca constante por sua filha desaparecida (Michelle La). Em buscas de pistas sobre o paradeiro da jovem, o homem realiza diversas ligações — através do notebook e de seu celular — para tentar solucionar o terrível mistério.