Cineasta por trás da produção, Oliver Stone revelou que o filme tentará provar o suposto envolvimento dos Estados Unidos na prisão de Lula
Responsável por filmes de políticos como Richard Nixon e John Kennedy, o diretor Oliver Stone vem desenvolvendo um documentário sobre Luiz Inácio Lula da Silva. E, em recente entrevista durante o Festival Internacional de Cinema do Mar Vermelho, o cineasta revelou detalhes sobre a produção.
Natural de Nova York, nos Estados Unidos, Oliver Stoneconta com diversos sucessos em seu currículo, desde As Torres Gêmeas (2006), com Nicolas Cage, até Snowden: Herói ou Traidor (2016) e Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme (2020). Vencedor de dois Oscars e dois Globos de Ouro, o cineasta trabalha em um documentário sobre Lula há três anos e diz estar na reta final das gravações.
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Foi em recente entrevista ao UOL, durante o Festival Internacional de Cinema do Mar Vermelho, que acontece na Arábia Saudita, que Stone revelou detalhes sobre o documentário. Com 90 minutos de duração, o filme deve acompanhar a trajetória política do petista até sua última eleição em 2022 e deve ser lançado em breve, por volta do primeiro semestre de 2023.
Filmamos quando ele foi solto, na Argentina, no México. Filmamos o processo da eleição também, o dia da vitória, que foi o último dia de filmagem. Acho que para o público internacional vai ser interessante, é um retrato impressionista de Lula", afirmou ele.
Para Stone, um dos diferenciais da nova produção é a narrativa pensada para o público internacional. “Eu vi Democracia em Vertigem, de Petra Costa. É muito bom, gostei muito. Mas é um filme brasileiro e tem detalhes sobre os quais o público americano ou europeu talvez não estejam interessados. Então, meu documentário é um pouco mais amplo e menos detalhado", explicou.
Por fim, o cineasta afirmou que o documentário ainda busca provar a intervenção direta dos Estados Unidos tanto no impeachment de Dilma Rousseff, quanto na prisão de Lula. "A gente vai até aí, mas não nos aprofundamos muito sobre onde o Departamento de Estado [estadunidense] se intersecciona com Sergio Moro e a direita brasileira. Mas essa foi uma história suja. Mais uma das centenas de crimes que os Estados Unidos cometeram na América do Sul", finaliza Stone.
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