Ao cortar cena entre Leonardo DiCaprio e Julie Butters, Quentin Tarantino modificou o final de Era uma Vez em... Hollywood
Era uma Vez em... Hollywood estreou em cinemas ao redor do mundo em 15 de agosto de 2019. O filme mais recente do renomado diretor Quentin Tarantino fez muito sucesso — arrecadou cerca de US$ 90 milhões em bilheterias e recebeu incríveis 10 indicações ao Oscar. Em junho de 2021, o cineasta lançou a adaptação do longa em formato de livro, que revelou um final diferente para a história.
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De acordo com informações do NME,Tarantino alterou a cena que incluía uma ligação telefônica dramática entre Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) e Trudi Fraser (Julie Butters) — o momento foi cortado para focar nos assassinatos de Charles Manson (Damon Herriman). "Há uma razão para não fazer parte do filme. Se você tiver essa sequência, esse é o fim. Você quase precisa começar o longa de novo," disse o cineasta em entrevista à Empire.
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As duas obras, afinal, são muito distintas: os assassinatos de Manson acontecem cedo no livro, enquanto encerram o filme. E Tarantino "sabia desde o começo" que os finais seriam diferentes. "A noite da matança era o epílogo. Até escrevi isso antes de começar a sequência. Mas, o que aprendemos foi que aquilo era, na verdade, um terceiro ato."
Além dos dois formatos, Tarantino também quer transformar Era uma Vez em... Hollywood em uma peça — ainda melhor, com material inédito. "Quero escrever para os palcos, com detalhes que não estão no livro e explorar aspectos que também não fazem parte do filme. Na peça, envolverei a Itália," contou ao podcast Big Picture.
É uma pena que a versão cinematográfica tenha terminado sem a fatídica cena. Como explicou o produtor David Heyman ao Indie Wire,Julie Butters poderia ter ganhado uma indicação ao Oscar se tivesse feito parte do filme; "Quentin jogou fora uma ótima sequência. Se tivesse ficado, ela teria sido indicada pela performance. Mas, não servia o propósito do filme. É tudo sobre o ritmo, para chegar onde precisa."