Guitarrista defendia que filme sobre o Queen jamais ganhasse segunda parte; agora, porém, discurso parece ter mudado
Quem assistiu ao filme Bohemian Rhapsody (2018), cinebiografia sobre o Queen campeã de bilheteria, certamente não imaginaria uma sequência. Afinal de contas, a obra é concluída com a apresentação no Live Aid em 1985 - e após o fim do ano seguinte, a banda entraria em um modo de atividade bastante recluso, já que o vocalista Freddie Mercury lidaria com o avanço da Aids.
O cantor morreu em 24 de novembro de 1991, aos 45 anos. Embora tenha se mantido produtivo ao lançar dois álbuns com o Queen e um disco com a cantora lírica Montserrat Caballé, ele não realizou shows entre 1987 e o ano de seu falecimento. Dessa forma, seria difícil encontrar uma boa história para contar em uma sequência, que abordaria o período pós-1985.
Apesar disso, parece que os integrantes remanescentes da banda estão dispostos a aceitar esse desafio - em especial Brian May. O guitarrista havia dito anteriormente que Bohemian Rhapsody não ganharia um segundo filme. Agora, porém, o discurso mudou.
Em entrevista ao jornalista Eddie Trunk (via Blabbermouth), o músico deixou a porta aberta para um novo longa. Ainda que reconheça a dificuldade de se dar sequência a um projeto do tipo, ele entende que há, sim, uma história a ser contada.
“É verdade que conversamos sobre isso [sequência]. Adoraríamos, realmente adoraríamos fazer uma sequência. É uma questão de encontrar o roteiro certo. Na verdade, levamos 12 anos para encontrar o roteiro certo para o primeiro filme, então não é surpresa que não seja fácil. Há uma história lá - muita coisa aconteceu depois do final do roteiro do primeiro filme.”
May, por outro lado, reconheceu que talvez esta trama não seja o suficiente para render um segundo longa-metragem. E o guitarrista só quer trabalhar em uma nova obra se, de fato, valer a pena.
“Se isso daria um filme, eu não sei. E não queremos fazer isso a menos que tenhamos certeza de que vai funcionar e vai comover as pessoas da mesma forma que o filme original. Enfim, a resposta curta é: adoraríamos fazer, mas ainda não encontramos uma maneira.”
Uma das condições primordiais para Brian May aceitar fazer uma sequência para Bohemian Rhapsody é a manutenção do elenco. Não apenas Rami Malek, que venceu um Oscar de Melhor Ator pelo trabalho como Freddie Mercury, mas toda a turma: Gwilym Lee como o próprio guitarrista, Ben Hardy como o baterista Roger Taylor e Joe Mazzello como o baixista John Deacon, além de Lucy Boynton no papel de Mary Austin, ex-noiva e grande amiga do cantor.
“Seria bom ter os mesmos quatro caras de volta para fazer com a gente, porque eles são tão estupendos, todos eles. São simplesmente ótimos. Quero dizer, Rami é incrível. Gwilym, que me interpretou, é incrível. Sabe, ele até enganou meus filhos. Meus filhos pensaram que eu havia dublado a voz dele no personagem, mas ele fez tudo.”