Em podcast, Quentin Tarantino aproveitou para comparar Hollywood de hoje com a indústria nos anos 1980 e 1950
Em uma indústria com dominância de filmes de super-herói e outras produções cheias de computação gráfica sem muita preocupação artística, Quentin Tarantino opinou como a atual era de Hollywood é a pior da história. As informações são do NME.
Durante participação no podcast The Video Archives, apresentado por Roger Avary, o cineasta fez uma comparação dos filmes de hoje com aqueles dos anos 1980 e 1950. "Embora os anos 80 tenham sido a época em que provavelmente vi mais filmes na minha vida do que nunca – pelo menos no que diz respeito a ir ao cinema – sinto que o cinema dos anos 80 é, com os anos 50, a pior época da história de Hollywood."
Comparado apenas por agora, igualado apenas pela era atual!
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No entanto, Tarantino ainda explicou como a enxurrada de material pobre deu uma vantagem aos "[filmes] que não se conformam, os que se destacam do pacote." O último lançamento do cineasta nos cinemas foi Era uma Vez em... Hollywood (2019), um dos destaques do Oscar 2020.
Um dos principais diretores da atualidade, Quentin Tarantino é conhecido pelos filmes repletos de personagens excêntricos e diálogos mirabolantes. Até hoje, ele comandou nenhum filme de herói, gênero que domina a indústria cinematográfica, seja da Marvel ou DC - e isso deve se manter para sempre.
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Durante entrevista ao Los Angeles Times, o diretor foi perguntado sobre o motivo de ter feito nenhum trabalho em franquias de super-heróis. "Você precisa ser contratado para fazer essas coisas. Não sou contratado. Não estou procurando emprego."
Além disso, Tarantino relembrou como os autores pioneiros de Nova Hollywood se alegraram quando os musicais de estúdio entraram em declínio nos anos 1960. Em seguida, o cineasta também explicou como os diretores de hoje "mal podem esperar pelo dia em que possam dizer isso sobre filmes de super-heróis." Porém, ele não acha que essa queda acontecerá tão cedo.
A analogia funciona porque é um estrangulamento semelhante.
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"A escrita ainda não está bem definida, do jeito que estava em 1969, quando era: 'Oh, meu Deus, nós acabamos de colocar um monte de dinheiro em coisas que ninguém dá a mínima mais,'" continuou o diretor na conversa.