Atriz Françoise Forton morreu aos 64 anos, neste domingo, 16 de janeiro; a artista lutava contra um câncer
A atriz Françoise Forton morreu aos 64 anos neste domingo, 16 de janeiro, em decorrência de um câncer. A estrela, conhecida por atuar em múltiplas novelas, estava internada há quatro meses na clínica São Vicente, localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro, conforme relata O Globo.
Essa não era a primeira vez que a atriz lutava contra um câncer; a artista enfrentou a doença na época em que gravava a novela Tieta. Segundo as informações do O Globo, ela demorou dez anos para revelar o câncer de útero, mas decidiu falar sobre o diagnóstico em busca de alertar as mulheres.
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Em 2020, em participação no programa O Encontro, apresentado por Fátima Bernardes, Forton comentou: "Não falava da doença, fiquei dez anos sem falar. Hoje, faço questão de ir a público, poder participar das crianças. Minha vida mudou inteiramente. Eu me reeduquei, mudei a minha alimentação."
Em 2016, detalhou o diagnóstico em entrevista ao Instituto Nacional do Câncer (Inca), via O Globo, explicando: "Eu fazia mais ou menos uma vez por ano [Papanicolau], às vezes dava mais espaço. Na verdade, não tinha tanta preocupação com isso, porque nunca senti nada, nem dor, nem nenhum sintoma estranho, nada mesmo. Confesso que dei uma esquecida. Em 1991, eu ia fazer uma novela, mas antes resolvi tirar o DIU [dispositivo intrauterino para evitar a gravidez] e me deu vontade de pedir para fazer um Papanicolau."
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"Foi um susto, eu não tinha histórico de câncer na família. Fiquei apavorada. A primeira coisa que veio à cabeça foi: 'Isso mata e eu não quero morrer'," contou. Na época, noticiou o diretor Paulo Ubiratan sobre a situação; Françoise interpretava a vilã Helena na novela Tieta.
A artista conseguiu conciliar as gravações da novela e o tratamento da doença. De acordo com informações do O Globo, nesse período, ela precisou fazer sessões de quimioterapia e radioterapia ao longo de seis meses. Após o tratamento, Forton venceu o câncer e, aos 38 anos, retirou o útero, ovários e trompas para prevenção de reincidência da doença.
"Queria esquecer tudo aquilo. Foi muito difícil. Não queria falar nem transformar a doença em algo sensacionalista, tipo capa de revista. Passei a ver muitos amigos que tiveram câncer falando sobre a doença e pensei que isso tem que servir de alerta. O número de casos de câncer feminino vem aumentando, e é possível prevenir. Eu poderia alertar sobre a necessidade de se cuidar, jovem ou não, casada ou não, com sexo ou não. Ninguém está livre. Aconteceu comigo, sem eu sentir nada e sem histórico familiar," contou.