Diretor de A Forma da Água e Pinóquio, Guillermo del Toro, opinou sobre mudanças no lançamento de filmes
Dimitrius Vlahos (sob supervisão de Eduardo do Valle) Publicado em 25/05/2022, às 12h55
Guillermo del Toro, diretor de A Forma da Água(2017) e Pinóquio, comentou estratégias de lançamentos de filmes desenvolvidas após a pandemia. Para o cineasta, modelo antigo é insustentável, mas produtoras não encontraram caminho certo até o momento.
O diretor está em Cannes, na França, e explicou ponto de vista ao Indiewire ao lado de outros grandes nomes: Michel Hazanavicius, Paolo Sorrentino, Robin Campillo e Gaspar Noe. Para ele, ausência de mídia física afeta conservação da memória: "Atualmente, perdemos os filmes mais rápido do que nunca. Parece que não, mas o mero desaparecimento da mídia física faz com que as companhias escolham o que iremos assistir."
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"O futuro não pertence a nós. Então, nossa tarefa não é para nós, mas para o futuro, para as pessoas que virão depois," completou. Embora, questione a mídia digital, cineasta não criticou serviços de streaming e agradeceu Netflix por acreditar na versão dele de Pinóquio, que deve estrear em dezembro de 2022.
"Há muitas respostas sobre o futuro. O que temos agora não é sustentável. De várias formas, o que temos pertence a uma estrutura antiga. A mudança é muito profunda. Estamos descobrindo que não apenas o formato de entrega está mudando, é a relação com a audiência," argumentou."
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Guillermo questionou para finalizar: "Seguramos como está, ou procuramos e nos aventuramos?"
