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Homem confessa assassinato de Kaitlin Arquette, filha da autora de Eu Sei o Quê Vocês Fizeram no Verão Passado, Lois Duncan

Caso de Kaitlin Arquette, filha de Louis Duncan, pode ter desfecho após confissão de série de assassinatos por Paul Apodaca

Rolling Stone EUA / Andrea Marks Publicado em 06/09/2021, às 11h45

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Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado, filme de 1997
Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado, filme de 1997

Conhecida por romances para jovens, incluindo Eu Sei o Quê Vocês Fizeram no Verão Passado (1973), Vamos Matar o Professor? (1978) e Stranger with My Face (1981), Louis Duncan parou de escrever histórias do gênero após o assassinato da filha Kaitlin Arquette em 1989. 32 anos depois, há novidades em um dos casos de maior repercussão na história de Albuquerque, EUA. 

Em julho de 2021, a polícia da Universidade do Novo México falou com Paul Apodaca, 53, quem admitiu assassinatos e queria depor sobre eles, conforme os oficiais de Albuquerque revelaram em coletiva de imprensa na última semana de agosto.

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Apodaca confessou três estupros e três assassinatos: o esfaqueamento fatal de Althea Oakley, estudante da UNM (Universidade do Novo México) de 21 anos, atacada em junho de 1988 no caminho para casa; a filha de Duncan, Kaitlyn Arquette, morta a tiros um ano depois; além de uma segunda morte a tiros ocorrida entre os dois assassinatos.  A polícia anunciou que Apodaca foi acusado pelo assassinato de Oakley e há expectativas de mais acusações, dependendo das investigações.

Apodaca relatou a razão dos crimes para a ABC. O “ódio por mulheres” o levou a esfaquear Oakley, e ainda completou a confissão: “A razão de eu ter feito aquilo, atacá-la, foi o ódio por mulheres, porque vi homens as tratando mal e eles eram caras maldosos. Tentei ser bondoso e gentil, mas elas simplesmente não querem isso. Então, eu era ciumento e liberei meu ódio guardado.”

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De acordo com relato da polícia na coletiva de imprensa, os tiros em Arquette e na vítima não reconhecida foram motivados pelo “desgosto por mulheres,” pessoas escolhidas aleatoriamente.

Arquette foi morta no verão seguinte a graduação do ensino médio, em um ataque inexplicável. Estava dirigindo para casa após jantar na casa de um amigo, quando duas balas entraram pelo lado do motorista e atingiram a cabeça dela.

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Duncan, quem escreveu livros de suspense para adolescentes desde os anos 1960, abandonou o gênero. “Fiquei fraca após o assassinato de Kait,” ela contou ao BuzzFeed em 2014. “Como eu escreveria um romance sobre mulheres jovens em situações de risco à vida?”

A polícia de Albuquerque não conseguiu levar o assassino de Arquette à justiça durante mais de 30 anos. Eles o acusaram, mas não puderam convencer outras duas pessoas sobre o crime - para Duncan, uma tentativa de resolver o caso rapidamente.

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Apodaca, quem tinha um histórico de crimes violentos contra mulheres, estava na cena do crime naquela noite. Os oficiais anotaram suas informações de contato e o deixaram ir.  O detetive quem encontrou Arquette no carro, em depoimento, afirmou: “Ele estava passando por lá.”

Crítica da aplicação da lei, Duncan passou décadas investigando o caso com a família. Ela contou com ajuda de médiuns e investigadores particulares, quem focaram em Apodaca como suspeito. Em 1992, Duncan publicou o livro de não ficção Who Killed my Daughter? (1992) (ou Quem Matou Minha Filha?), posteriormente, One to the Wolves (2013) (ou Um Para os Lobos) também cobriu o assassinato.

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Duncan morreu em 2016 com 82 anos, mas Kerry Arquette, irmã mais velha da vítima, ainda esperava respostas sobre o caso não ter sido resolvido quando o suspeito estava na cena do crime. “Essa confissão é só o começo,” disse ao Albuquerque Journal. “A família tem inúmeras questões - os motivos e como aconteceu, e várias lacunas a serem preenchidas antes de considerar que a justiça foi feita. Passamos muitos anos tentando preencher essas lacunas sozinhos.”


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