Autora de Harry Potter, J.K. Rowling usou o Twitter para fazer novos comentários transfóbicos - e recebeu diversas críticas
J.K. Rowling é alvo de polêmica desde 2020 por uma série de publicações consideradas transfóbicas nas redes sociais, recebendo críticas de espectadores e estrelas da saga Harry Potter. No domingo, 12 de dezembro de 2021, a autora fez novos comentários do estilo — e diversas pessoas rebateram as declarações.
Conforme noticiado pelo The Independent, Rowling usou o Twitter para compartilhar uma notícia do The Times. Na reportagem, o jornal relata que a polícia começará a registrar estupros cometidos por criminosos com genitais masculinos como "femininos", se esse for o gênero com o qual se identificam.
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Em reação à notícia, Rowling usou o perfil para afirmar: “Guerra é paz. Liberdade é escravidão. Ignorância é força. O indivíduo com pênis que estuprou você é uma mulher.” A fala foi duramente criticada por fãs de Harry Potter e integrantes da comunidade LGBTQIA+., que consideraram as declarações transfóbicas.
War is Peace.
— J.K. Rowling (@jk_rowling) December 12, 2021
Freedom is Slavery.
Ignorance is Strength.
The Penised Individual Who Raped You Is a Woman.https://t.co/SyxFnnboM1
Alguns perfis rebateram Rowling, e a criticaram por sugerir que “mulheres ‘de verdade’ não possam ser criminosas sexuais”. Um perfil escreveu: “Ótimo saber que a autora da minha obsessão de infância odeia minha existência... Gostaria de ter esse tempo de volta para investir em autores mais inclusivos, visto que seu trabalho foi, honestamente, apenas nostalgia obscurecida pelo fanatismo.”
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Apesar das diversas críticas e da recepção negativa da declaração, J. K. Rowling não apagou a publicação, que chega a mais de 90 mil curtidas e 14 mil comentários até a publicação desta matéria.
Vale lembrar que, apesar de ser autora de uma das sagas mais famosas do mundo, J. K. Rowling sofre boicotes desde 2020, quando usou as redes sociais para fazer comentários transfóbicos.
No dia 6 de junho de 2020, a escritora criticou o artigo Criando um mundo pós-Covid-19 mais igualitário para pessoas que menstruam e escreveu, em tom de deboche, que “costumava existir uma palavra para [descrever] essas pessoas”.
Na época, a escritora afirmou que vê diferenças entre mulheres cis, as quais se identificam com o sexo biológico, e mulheres trans, que se identificam com o sexo oposto ao de nascimento: “Se o sexo não é real, não existe atração pelo mesmo sexo. Se o sexo não é real, a realidade vivida pelas mulheres ao redor do mundo é apagada. Eu conheço e amo as pessoas trans, mas apagar o conceito do sexo impede a capacidade de muitos discutirem significantemente a vida deles, Não é ódio falar a verdade.”