O festival começa na quarta-feira, dia 11, no CineSesc, e apresenta 16 longas e quatro curtas de 14 países do continente africano
De 11 a 18 de setembro, o CineSesc será palco de mais uma edição da Mostra de Cinemas Africanos. Este ano, o festival traz ao público 16 longas e 4 curtas de 14 países africanos, com diversos títulos inéditos no Brasil.
A programação inclui um enfoque especial sobre a exploração colonial, a violência e o epistemicídio que marcaram a história dos países do continente. Além disso, a presença de convidados africanos continua sendo um destaque, com debates após as sessões.
Black Tea: O Aroma do Amor, do diretor Abderrahmane Sissako, abre o festival e conta a história de uma jovem da Costa do Marfim, que deixa o noivo no altar para começar uma nova vida na China, onde se apaixona por um homem mais velho. O filme conta os desafios e preconceitos vividos pelo casal.
A sessão de abertura é gratuita, na quarta-feira, dia 11, às 20h, e será apresentada pelo cineasta mauritano Abderrahmane Sissako e pela cineasta cabo-verdiana Natasha Craveiro. O diretor Sissako também participa de um bate-papo após a sessão na terça-feira, dia 17 de setembro.
Na quinta-feira, 12, será exibido o filme de Natasha Craveiro, Pirinha, seguido de bate-papo com a cineasta e mediado pela curadora Ana Camila Esteves. Pirinha é o nome de um doce tradicional de Cabo Verde e a produção conta a história de uma garota que tem que lidar com seu passado, com medos da infância, apaziguados pela sabedoria de sua avó. O filme terá mais uma sessão na terça, dia 17.
Também na quinta, 12, será exibido Banido, produção da diretora Naledi Bogacwi, que narra os acontecimentos em torno do filme Joe Bullet (África do Sul, 1973, dirigido por Louis de Witt), o primeiro filme com um elenco totalmente composto por pessoas africanas negras.
A sessão será seguida de bate-papo com a cineasta sul-africana Naledi Bogacwi e mediação do curador Marcelo Esteves e da programadora Andrea Voges. O filme terá mais uma sessão na segunda, 16.
Banel & Adama, da diretora senegalesa Ramata-Toulaye Sy, será exibido na sexta, 13, com sessão seguida de bate-papo com a própria cineasta e mediada pela curadora também senegalesa, Ibee Ndaw.
O longa retrata a saga de um homem desempregado após cortes de orçamento ordenados pelo FMI que acaba dependendo financeiramente de sua esposa e luta para recuperar seu orgulho. O filme foi indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes e terá mais uma sessão na segunda, dia 16.