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Cinema / História

Neto de Oppenheimer elogia filme, mas aponta erro no roteiro

Com direção de Christopher Nolan, Oppenheimer se baseia no livro Oppenheimer: O Triunfo e a Tragédia do Prometeu Americano

Redação Publicado em 27/07/2023, às 10h02

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Pôster de Oppenheimer (Foto: Divulgação)
Pôster de Oppenheimer (Foto: Divulgação)

Um dos filmes mais aclamados de 2023 e grande sucesso de bilheteria, Oppenheimer conta a história da construção da bomba atômica durante Segunda Guerra Mundial com protagonismo para o direto do projeto nuclear, J. Robert Oppenheimer. Neto do físico, Charles Oppenheimer gostou do longa, mas apontou erro no roteiro.

Vale lembrar como a produção dirigida por Christopher Nolan se baseia no livro Oppenheimer: O Triunfo e a Tragédia do Prometeu Americano. Em determinado momento, Oppenheimer tenta matar o professor ao colocar veneno na maçã verde dele, mas se arrepende e joga a fruta no lixo. Esse foi o grande ponto que Charles discordou.

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Durante entrevista à Time, o neto de Oppenheimer falou sobre o filme, e foi questionado se existiram partes que pareceram histórica ou emocionalmente imprecisas. "Quando conversei com Chris Nolan, a certa altura ele disse algo mais ou menos como: 'Eu sei contar uma história sobre esse assunto. Haverá partes que você precisará dramatizar um pouco e partes que serão alteradas. Como membros da família, acho que vocês vão gostar de alguns papéis e não gostar de outros,'" relembrou.

"Isso provavelmente me levou a aceitar o filme, embora eu o tenha visto muito tarde, logo quando foi lançado. Como uma representação dramatizada da história, foi realmente preciso. Há partes das quais discordo, mas não devido a Nolan," continuou.

A parte que eu menos gosto é essa referência à maçã envenenada, que era um problema em Prometeu Americano. Se você ler o livro com bastante atenção, os autores dizem: 'Não sabemos realmente se isso aconteceu.' Não há registro dele tentando matar alguém. Essa é uma acusação muito séria e é uma revisão histórica.

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"Não há um único inimigo ou amigo de Robert Oppenheimer que tenha ouvido isso durante sua vida e considerado verdadeiro. O livro obteve isso de algumas referências falando sobre uma viagem de férias de primavera, e todos os repórteres originais dessa história - havia apenas dois, talvez três - relataram que não sabiam do que Robert Oppenheimer estava falando," afirmou Charles.

Mesmo com esse "erro," Charles comentou como não ficou incomodado com a cena da maçã envenenada. Segundo ele, em algumas ocasiões, "os fatos são arrastados por um jogo de telefone," e você consegue identificar problemas caso "conheça essa história incrivelmente profunda."

Incomoda-me que estivesse na biografia com essa ênfase, não uma isenção de responsabilidade, este é um boato sem fundamento que queriam colocar no livro para torná-lo interessante. Mas eu gosto de um pouco da dramatização. Achei a conversa de Einstein com Oppenheimer no final muito eficaz, embora não fosse verdadeira.

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