CRÍTICA

Novocaine: À Prova de Dor mistura ação e comédia dignas de uma mesa de RPG

Entre o absurdo e o divertido, o filme transforma uma condição médica em um “superpoder”, nos levando a uma aventura fora da caixa

Giulia Cardoso (@agiuliacardoso)

Novocaine: A Prova de Dor mistura ação e comédia dignas de uma mesa de RPG; leia a crítica
Novocaine: A Prova de Dor mistura ação e comédia dignas de uma mesa de RPG; leia a crítica - Divulgação/Paramount Pictures

Novocaine: À Prova de Dor mistura o caos crescente de Um Dia de Fúria, longa de 1993 com Michael Douglas, com o humor despretensioso das comédias de sábado à tarde. Porém, o diferencial da novidade, que chega aos cinemas brasileiros a partir desta quinta-feira (27), está na forma exagerada como trata o resgate de uma pessoa “amada”.

No longa, Nathan Caine (Jack Quaid, Acompanhante Perfeita) é um homem com uma condição rara: ele não sente dor. Mesmo com a habilidade, a sua vida é bastante regular… Até conhecer Sherry Margrave (Amber Midthunder, O Predador: A Caçada). Apaixonado pela garota, Nate usa o seu “superpoder” para resgatá-la ao descobrir que ela foi sequestrada.

Misturando comédia e ação, Novocaine: À Prova de Dor procura ser uma experiência leve e descontraída, o que resulta em cenas de ação criativas, sem tanto foco em diálogos, que são rasos. O destaque vai para o humor cínico, que contrapõe bem com os momentos em que a dor é retratada e pode gerar certo incômodo nos espectadores.

Apesar de ter um ritmo gostoso de acompanhar, o longa deixa a desejar em alguns aspectos. Assim como os diálogos, as motivações dos personagens também são rasas e a sua construção é, para dizer o mínimo, instável, como é o caso de Ray Nicholson (Sorria 2).

Por fim, Novocaine: À Prova de Dor também não sabe quando parar e, ao prolongar situações exploradas previamente, acaba se tornando repetitivo e perdendo um pouco de seu brilho. Ainda assim, o longa vale o ingresso, se você estiver à procura de uma diversão sem muitas complicações.

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Jornalista em formação pela Universidade Cruzeiro do Sul, em São Paulo, Giulia Cardoso começou em 2020 como voluntária em portais de cinema. Já foi estagiária na Perifacon e agora trabalha no núcleo de cinema da Editora Perfil, que inclui CineBuzz, Rolling Stone Brasil e Contigo.
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