O Brutalista: Adrien Brody diz que perdeu papéis por ‘beleza atípica’

Forte candidato ao Oscar de Melhor Ator em 2025, Adrien Brody estreou nos cinemas brasileiros com O Brutalista nesta quinta-feira, 20.

No longa — que concorre em dez categorias no prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, incluindo também Melhor Filme e Melhor Direção —, o ator interpreta o arquiteto visionário László Toth. Junto da esposa, Erzsébet (Felicity Jones), ele escapa da Europa devastada pela guerra em 1947 para recomeçar e ajudar a moldar a América moderna. No entanto, a chegada de um cliente enigmático muda radicalmente o curso de suas vidas.

A beleza de Adrien Brody

Refletindo sobre sua trajetória no cinema, Adrien Brody afirmou que contou com uma ajudinha inesperada para conseguir o papel em O Brutalista: a aparência, que o próprio ator define como atípica. Por outro lado, ele contou que, assim como a beleza funcionou como um diferencial para interpretar László Toth, suas características um tanto quanto fora do padrão o atrapalharam em outros momentos.

Eu tive que provar que o protagonista pode ser incomum, único e não tipicamente bonito. [Perder papéis por causa da aparência] É normal. Eu definitivamente posso admitir que não sou uma pessoa de beleza típica, então, isso às vezes vai funcionar a seu favor e muitas vezes vai funcionar contra”, confessou Brody à Variety.

Ao menos a reflexão vem acompanhada de um consolo:

Eu prefiro muito mais ser conhecido como um grande ator do que como um ator de ótima aparência”, diz.

Se define a própria aparência como atípica, Adrien Brody não pode se chamar de feio, muito menos de monótono. A avaliação foi reforçada pela amiga e também atriz, Scarlett Johansson.

Adrien tem um rosto que é de outra era. Ele tem tanto pathos em seu rosto. É um rosto feito para um close. Olhos tão expressivos — e algumas de suas características são tão exageradas e ainda assim delicadas”, disse ela.

Elogiado pela atuação “magnética”, que atrai a atenção do público incansavelmente durante as mais de três horas de duração do filme, Brody é o principal candidato ao Oscar. Em caso de vitória, ele repetirá o feito de 2002, quando venceu a estatueta pelo papel em O Pianista. Na edição deste ano, ele tem como adversários nomes como Timothée Chalamet por Um Completo Desconhecido e Ralph Fiennes por Conclave.

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