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Cinema / REVOLUÇÃO

O diretor que “criou” o modelo atual de filme de herói, segundo Michael Keaton

Apesar de ser mencionado como revolucionário do gênero, cineasta em questão não tem interesse em retornar a esse nicho

Igor Miranda (@igormirandasite)
por Igor Miranda (@igormirandasite)

Publicado em 11/12/2024, às 08h00

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Michael Keaton (Foto: Matt Winkelmeyer/WireImage)
Michael Keaton (Foto: Matt Winkelmeyer/WireImage)

Em 1989, chegou aos cinemas o filme Batman. Além de bem-sucedido, o longa fez os estúdios de Hollywood encararem o segmento de super-heróis com outros olhos —até então, tais obras não eram valorizadas pela indústria cinematográfica.

A partir daí, sequências foram lançadas e os estúdios passaram a bancar filmes estrelados por outros super-heróis dos quadrinhos. O segmento se tornou tão popular e lucrativo que possibilitou a chegada do Universo Cinematográfico Marvel (UCM), quase duas décadas depois e envolvendo cifras bilionárias.

Michael Keaton, intérprete do herói no longa, está ciente desta revolução causada por Batman. Em entrevista à GQ, o ator americano disse que os filmes da Marvel e DC não existiriam — ao menos da forma que o conhecemos — se não fosse a mente de Tim Burton, diretor do título de 1989.

Keaton afirma:

Tim merece um crédito enorme. Ele mudou tudo. Não posso necessariamente dizer isso, mas existe uma forte possibilidade de que não haveria o Universo Marvel, não haveria Universo DC sem o Tim Burton. Duvidaram dele e o questionaram.”
Michelle Pfeiffer, Michael Keaton e Tim Burton nas filmagens de Batman: O Retorno (Foto: Warner Bros. Pictures/Sunset Boulevard/Corbis via Getty Images)

Tim Burton não quer saber de super-heróis

Tim Burton até gravou a sequência Batman: O Retorno (1992) e foi produtor de Batman Eternamente (1995). Porém, desde então, o excêntrico cineasta não se envolveu mais com filmes do gênero de super-heróis.

E a situação deve continuar dessa forma. Em conversa com a Variety, Burton deixou claro não ter interesse em retornar ao gênero.

O cineasta afirma:

No momento, eu diria que não. Vejo as coisas por diferentes pontos de vista, então jamais diria ‘nunca’ para qualquer coisa. Mas, no momento, não é algo que me interessa.”

Na sequência, o cineasta deu a entender qual é o motivo de sua recusa. Além disso, citou a razão pela qual topou tirar o Batman de 1989 do papel.

Tive sorte, pois, na época, a palavra ‘franquia’ não existia. Batman trouxe o sentimento de ser levemente experimental na época. Meio que fugiu da percepção do que (um filme de super-herói) seria. Então, não tinha aquele feedback do estúdio — e por ter sido filmado no Reino Unido, isso ficou ainda mais distante. Nós realmente pudemos apenas focar no filme e não ter de pensar nessas coisas que precisam pensar agora antes mesmo de gravar.”

O sucesso do Batman de 1989

Como mencionado, Batman foi um enorme sucesso entre a crítica e o público na época de seu lançamento. Arrecadou US$ 411 milhões em bilheteria, com um orçamento de US$ 48 milhões, e resultou em três sequências lançadas.

+++LEIA MAIS: O que Tim Burton acha de ter dirigido filmes do Batman?

Colaborou: Augusto Ikeda.

Igor Miranda (@igormirandasite)

Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.