Descrevendo situação que começou a chegar às vias de fato, ator descartou chance de colaborar novamente com cineasta em questão
Publicado em 28/11/2024, às 08h00
Em 1999, George Clooney foi um dos protagonistas de Três Reis junto do colega Mark Wahlberg e do rapper Ice Cube. No filme, o trio interpreta soldados americanos em busca de um tesouro escondido no deserto.
A obra foi bem recebida. Mesmo assim, Clooney não conta com boas lembranças do trabalho.
O motivo? O astro não se deu nada bem com o diretor do longa, David O. Russell. Não à toa, considera o cineasta uma pessoa terrível para trabalhar junto.
Em conversa com a versão britânica da revista GQ, concedida junto do amigo Brad Pitt para promover o filme Wolfs, George Clooney afirmou ter se tornado cada vez mais seletivo com seus trabalhos. A ideia é evitar o estresse passado durante as gravações de Três Reis.
Ele declarou:
Conforme você fica mais velho, sua distribuição de tempo é muito diferente. Cinco meses de sua vida é muito tempo e não é algo do tipo: ‘ah, vou fazer um filme realmente bom, como Três Reis’, e aí, ter um miserável como o David O. Russell transformando minha vida em um inferno. Ter transformado a vida de cada pessoa da equipe em um inferno.”
Na opinião do artista, não compensa se submeter a esse tipo de situação. Ainda mais aos 63 anos de idade e com mais de quatro décadas de carreira.
Não vale a pena, não nesse ponto da minha vida. Precisa realmente ser um bom produto.”
Durante outra entrevista, agora à Playboy, no ano 2000, George Clooney detalhou um de seus desentendimentos com David O. Russell. Em determinado momento das filmagens, o ator disse ter notado o diretor gritando com todo o elenco e a equipe de produção.
Clooney, então, revelou ter tentado conversar com o cineasta para acalmar os ânimos. No entanto, de nada adiantou — e ainda sobrou para ele.
Estava tentando fazer as coisas funcionarem, então cheguei perto e coloquei meu braço em volta dele. Disse: ‘David, esse é um grande dia. Mas você não pode empurrar ou humilhar pessoas que não podem se defender’. Ele se virou para mim e afirmou: ‘Por que você não se preocupa com a droga da sua atuação? Você está sendo um otário. Quer bater em mim? Quer bater em mim? Anda, seu frouxo, me bata’.”
A situação começou a chegar às vias de fato. O artista relembra:
Olhava para ele e parecia estar fora de si. Então, ele encostou a cabeça na minha. Me disse: ‘me acerta, seu frouxo, me acerta’. Foi quando ele me pegou pelo pescoço e enlouqueci. Também o peguei pelo pescoço. Eu queria matá-lo. Finalmente, ele pediu desculpa, mas fui para outro canto.”
George deixou claro que essa foi a pior experiência de sua vida profissional. Além disso, descartou qualquer chance de trabalhar novamente com o cineasta.
De fato, David O. Russell se tornou conhecido no meio cinematográfico por ser uma pessoa difícil de se lidar. Lily Tomlin e Amy Adams também teriam sido alvos do comportamento do diretor. Apesar destas polêmicas, o cineasta continuou a trabalhar no segmento. Amsterdam (2022) é seu trabalho mais recente.
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Colaborou: Augusto Ikeda.
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.