Encerramento da icônica trilogia dirigida por Francis Ford Coppola, O Poderoso Chefão 3 foi o mais criticado da franquia estrelada por Al Pacino
Encerramento de uma das grandes trilogias de Hollywood, O Poderoso Chefão 3 tinha um final original que Al Pacino, intérprete de Michael Corleone, "amava." Dirigido por Francis Ford Coppola, o filme chegou aos cinemas brasileiros em 15 de março de 1991.
Vale lembrar como a produção encerra com Mary (Sofia Coppola), filha de Michael Corleone, assassinada e, anos depois, o protagonista morre de velhice. No livro de memórias Sonny Boy: A Memoir, Pacino relembra os bastidores do terceiro filme.
"No final do filme, Michael seria assassinado nas escadas da igreja. Ele desce os degraus e descansa no chão lá embaixo," escreveu (via NME). "Kay, a ex-mulher dele, corre para o lado dele. Ela olha para o rosto dele e pergunta: 'Michael, você está morrendo? Você vai morrer?' E Michael olha para ela e diz: 'Não.' Final fenomenal."
Um retorno brilhante ao primeiro OPoderoso Chefão, quando Michael termina sua vida com uma última mentira para Kay.
Em seguida, o ator admitiu como surgiram problemas após os atores Richard S. Castellano e Robert Duvall se recusarem a retornar como Peter Clemenza e Tom Hagen, respectivamente. Essa ausência foi considerada como "grande falta."
"Com grande parte do filme dependendo do personagem [de Duvall], nenhum de nós sabia o que fazer sem ele. Francis e Mario tiveram que reconstruir a história, mas foram escritores brilhantes e mudaram todo o roteiro," continuou. "Até mesmo o final que eu tanto amei teve que acabar – em vez disso, Michael morreria de velhice, na solidão, depois que sua filha, Mary, foi morta na tentativa de assassiná-lo."
Então, Al Pacino falou sobre as críticas negativas de O Poderoso Chefão 3, amplamente considerado inferior aos dois primeiros filmes. Para o artista, um ponto de conflito comum é "a busca de redenção de Michael."
"Não acho que o público quisesse que Michael passasse o filme buscando perdão pelos seus pecados. Eles queriam que Michael continuasse a ser Michael. Eles queriam o Chefão," explicou. "É isso que amamos nele, certo? O cara que vimos no final da Parte II estava envolto em pedra. Vi a Parte III como seu esforço para se libertar desse invólucro, procurando uma saída para seu estado de entorpecimento quase traumatizado."
Aquela frase dele que se tornou uma espécie de tradição e que as pessoas ainda se lembram da Parte III, quando ele diz: 'Bem, quando eu pensei que estava fora, eles me puxaram de volta,' resume a necessidade de Michael de sair daquele estado, daquelas correntes que o prendia.
Para celebrar a estreia de Megalópolis, a Rolling Stone Brasil lança um especial de cinema com uma entrevista exclusiva com Francis Ford Coppola. Inabalável diante das reações controversas ao seu novo filme, o cineasta defende a ousadia de ser criativo da indústria do cinema e abre, em bom português, a influência do Brasil em seu novo filme: “Alegria”.
Além disso, o especial traz entrevistas com Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello sobre Ainda Estou Aqui, que deve representar o Brasil no Oscar em 2025; uma curadoria dos 100 maiores filmes de todos os tempos, sob o crivo de jornalistas e críticos de cinema; uma lista das 101 trilhas sonoras inesquecíveis da sétima arte e muito mais.
A novidade chega às bancas em novembro, mas já pode ser comprada em pré-venda na loja da editora Perfil por R$ 29,90, com envios a partir do dia 6.
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