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Cinema / OPINIÃO

O maior erro dos filmes da saga Crepúsculo, segundo Kristen Stewart

Embora tenha ficado mundialmente famosa pelo trabalho em tais obras, atriz comumente faz críticas à forma como tudo foi conduzido

Igor Miranda
por Igor Miranda

Publicado em 09/03/2024, às 10h00

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Kristen Stewart interpretou Bella Swan na saga Crepúsculo, adaptação da obra de Stephenie Meyer (Foto: Divulgação)
Kristen Stewart interpretou Bella Swan na saga Crepúsculo, adaptação da obra de Stephenie Meyer (Foto: Divulgação)

Kristen Stewart se tornou famosa mundialmente por seu trabalho nos filmes da saga Crepúsculo, adaptação da série de livros homônima de autoria de Stephenie Meyer. A intérprete de Bella Swan se consagrou logo com o primeiro longa, que chegou aos cinemas quando ela tinha apenas 18 anos.

Hoje, porém, a artista enxerga de forma mais clara alguns erros cometidos por quem tomava as decisões relacionadas a essas obras. Em entrevista à Rolling Stone EUA, por exemplo, ela apontou avaliar como um grande erro a opção dos executivos em transformar a adaptação cinematográfica em “filme para crianças”.

De acordo com Stewart, houve pressão do estúdio para que uma orientação mais infanto-juvenil — algo diferente do que foi escrito por Stephenie Meyer — fosse aplicada à trama. Embora nomes não tenham sido citados, os direitos dos livros originais foram adquiridos pela Summit Entertainment, responsável pela distribuição.

“O estúdio estava tentando fazer um filme para crianças. Eles não queriam o que realmente era o livro. Quando diabos Bella e Edward estão sorrindo no livro, alguma vez?”

Apesar da insatisfação, acabou dando certo. Estrelada por Stewart, Robert Pattinson (como Edward Cullen) e Taylor Lautner (Jacob Black), a sequência de cinco longas disponibilizados entre 2008 e 2012 arrecadou US$ 3,3 bilhões mundialmente.

O primeiro filme, chamado apenas Crepúsculo(2008), teve orçamento modesto de US$ 37 milhões, mas bilheteria de US$ 393,6 milhões. Lua Nova (2009) contou com investimento ligeiramente maior, de US$ 50 mi, mas quase que dobrou a renda: US$ 709 mi. Para Eclipse (2010), foram aplicados US$ 68 mi e o retorno foi de US$ 698 mi. Os longas conclusivos, Amanhecer Parte 1 (2011) e Parte 2 (2012), apresentaram injeção financeira de US$ 110 mi e US$ 120 mi para receitas de US$ 712 mi e US$ 829 mi, respectivamente.

Para além do sucesso em bilheteria, as obras exerceram grande influência especialmente no público jovem. Ainda serviram para fazer decolar a carreira de seus protagonistas, com destaque a Stewart e Pattinson — este último, intérprete de Batman em seu filme mais recente, lançado em 2022.

Catherine Hardwicke, diretora de Crepúsculo, não esperava bilheteria milionária do filme (Foto: Reprodução/Summit Entertainment)

“Filme gay”

Outra observação recente feita por Kristen Stewart tem a ver com a “orientação sexual” dos filmes da saga Crepúsculo. À Variety, ela declarou acreditar que são longas “muito gays”.

“Não acho que necessariamente tenha começado assim, mas também acho que o fato de eu estar lá estava se infiltrando. É um filme tão gay. Taylor e Rob e eu… é tão escondido e não está certo. Quero dizer, uma mulher mórmon escreveu este livro. É tudo uma questão de opressão, de querer o que vai destruir você. Essa é uma inclinação muito gótica e gay que eu adoro.”

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Igor Miranda

Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.