Como a diretora Sofia Copolla conseguiu contornar a proibição de Lisa Marie Presley do uso das músicas de seu pai, Elvis Presley
O filme musical "Elvis", lançado em 2022 dirigido por Baz Luhrmann, tinha muita cor e música, graças às canções icônicas de Elvis Presley. Lisa Marie, filha do cantor, falecida em janeiro deste ano, concordou em usar todas as músicas de seu pai e até encorajou versões modernas para exaltá-lo, Elvis foi retratado como um verdadeiro ícone do rock.
Agora, um ano depois e sob a direção de Sofia Coppola, chega aos cinemas Priscilla, a cinebiografia da ex-mulher do músico e mãe de Lisa Marie. A obra tem uma estética mais sucinta e menos exuberante que a de Luhrmann, e explora o outro lado da história, chamando a atenção por um detalhe significativo: não há absolutamente nenhuma música de Elvis na trilha sonora.
A explicação é simples; o filme é centrado em Priscilla, não em Elvis Presley, que, para os fãs, parecia viver um conto de fadas, mas na realidade estava aprisionado em uma 'gaiola dourada’. Após a separação, Priscilla, atualmente com 78 anos, perdeu o controle sobre a obra de seu ex-marido, deixando Lisa Marie como guardiã natural. A filha não concordou com a representação negativa de seu pai no filme, retratando-o como um homem abusivo, violento e controlador. Lisa, já com um relacionamento tenso com a mãe, proibiu o uso das músicas do pai para esta produção.
Embora possa parecer estranho um filme com Elvis como protagonista não apresentar nenhuma de suas músicas, Sofia Coppola encarou a proibição como um desafio, criando uma trilha sonora simples e envolvente para acompanhar a jornada da garota que ascendeu à realeza da música e conseguiu escapar antes que fosse tarde demais.