Obama mandou sugestões para roteiro de suspense da Netflix, confirma diretor

Leave the World Behind — filme estrelado por Julia Roberts, Ethan Hawke, Mahershala Ali e Myha'la — chega à Netflix no dia 8 de dezembro. É o primeiro filme ficcional da companhia de Barack e Michelle Obama, Higher Ground Productions. Por ser um fã, o ex-presidente se envolveu a fundo com a produção do longa-metragem e deu seus pitacos.

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"No rascunho original do roteiro, eu definitivamente levei as coisas para mais longe do que eram no filme, e o presidente Obama, tendo a experiência que tem, foi capaz de colocar meus pés no chão sobre como as coisas se desenrolam na realidade", revelou o diretor e roteirista Sam Esmail (via Variety).

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"Estou escrevendo o que acho que é ficção, na maior parte, tentando manter tão fiel à vida real quanto possível, mas estou exagerando e dramatizando. E ouvir um ex-presidente dizer que você errou um pouco por alguns detalhes... Pensei que estava errando muito! O fato dele ter dito isso me assustou para car*lho."

Esmail acrescentou: "Ele tinha muito apontamentos sobre os personagens e a empatia que teríamos por eles. Tenho que dizer que ele é um amante de cinema, e ele não estava fazendo apontamentos sobre coisas que fazem parte de seu background. Ele estava tomando nota como um fã do livro e queria ver um filme muito bom."

O filme é baseado no livro homônimo, de Rumaan Alam, e a leitura foi incluída em uma das famosas listas de Obama em 2021. Esmail, porém, tentou mudar o foco da narrativa: "O gênero desastre é um dos meus gêneros preferidos, e o truque que fizemos neste filme, que difere da maioria dos filmes de desastre, é que, nesse gênero, o foco – a prioridade da narrativa – está nos cenários."

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"É o espetáculo de qualquer que seja o desastre para aquela história, e os personagens eram secundários em relação a isso. Eles estão lá mais para reagir e se tornar o avatar do público. O que acho que Rumaan fez tão bem no romance, e o que tentei capturar no filme, foi inverter isso e fazer com que o foco estivesse nos personagens e em suas reações. O espetáculo do desastre é secundário e distante.”