Paz na Terra, pedimos todos, enquanto alguns dos piores filmes da história tentam resgatar o espírito natalino - sem sucesso
Natal é tempo de alegria, celebração, e há vários anos, maratona de filmes. Vemos uma enchurrada de títulos - dos mais clássicos, como Esqueceram de Mim e Estranho Mundo de Jack - a alguns clichês melosos de streaming. Mas nenhum deles é tão impressionante quanto os listados abaixo.
Contemplem os seis piores filmes de Natal da história. As notas do IMDB não mentem - você não quer assistir nada disso. Ou, sim, se o objetivo é rir e ter vergonha alheia. Confira:
Um clássico da infância dos anos 1990, Olha Quem Está Falando ganhou não uma, mas duas sequencias! A terceira parte do filme, aqui listada, encerra a trilogia e mostra não os bebês - mas os cachorros - conversando entre si. Foi um desastre desde o início. Com um orçamento de US$ 22 milhões, não teve o retorno de nem metade nas bilheterias. As notas também não são boas - no Rotten Tomatoes, a aprovação é de 0%.
Os anos 1960 viram nascer ficções científicas incríveis, como Jornada nas Estrelas e Doctor Who. Mas também houve algumas aberrações alienígenas, como este filme, no qual pobres crianças de Marte são forçadas a viverem como robôs, mas descobrem em Papai Noel a fórmula para se libertar da vida quadrada. A saída, então, é vir para Terra sequestrar o Bom Velhinho.
Papai Noel Conquista os Marcianos é daqueles filmes tão ruins que são bons. Na época de lançamento, não foi bem recebido - mas ninguém dava importância para produções infantis nos anos 1960. Nos anos 1990, ressurgiu depois de alguns programas de comédia mostrarem para o público, e hoje pode ser considerado um cult de comédia. Só para contrariar.
Qual é a dos anos 1990 e começo dos 2000 de fazer mil sequências para filmes infantis? Na quarta versão de negligência infantil, mais uma criança é acidentalmente esquecida na véspera de Natal e precisa lutar contra ladrões, sequestradores e bandidos da pesada para salvar o ano. Vocês sabem como é...
Esse filme soa como uma sopa de roteiros - entre Anne, Duro de Matar, Como se Fosse a Primeira Vez e Chiquititas. Parece uma mistura bizarra? É, mesmo: um ricaço joga paintball, quando a polícia confunde a arma com uma de verdade. Ele sai correndo por um shopping, e se veste de Papai Noel para despistar. Mas bate a cabeça, tem amnésia e acredita ser o Sr. Claus. Em outro lugar da cidade, há um orfanato no qual se escondem diversos cristais mágicos, e um magnata quer destruí-lo para pegar as pedras. Mas não sob o olhar vigilante do Noel! Um crítico da Variety acreditou, na época, que o diretor John Murlowsk só fez o filme porque precisava pagar contas.
Por anos, o Especial de Natal de Star Wars soava como uma lenda urbana. O filme passou na TV, e foi uma resposta ao sucesso imenso de Guerra nas Estrelas (1977). Mas tudo que o filme tinha de bom, o especial destruiu. Foi tão ruim, mas tão, que nunca ganhou uma segunda exibição na TV, nem foi lançado oficialmente em vídeo. Por anos, era uma peça rara, e embora muitos tenham ouvido falar, só mesmo quem teve o azar de ligar a televisão no Natal de 1978 assistiu. (Com o advento da Internet, o Especial é acessível, hoje, embora ilegalmente.)
Este é um filme para todos aqueles que adoram discursar sobre como o Natal perdeu seu verdadeiro significado entre presentes, capitalismo e liberdade religiosa, e reclamar como ninguém liga para Jesus. O ator evangélico Kirk Cameron inicia o longa com um grane monólogo educacional e cristão sobre o verdadeiro significado do Natal. Depois, como se não tivéssemos ouvido pela primeira vez, o filme discorre com Cameron explicando para o irmão o significado sagrado de todos os aspectos natalinos. Amém.