Diretor de Se Beber, Não Case! e Coringa aponta motivo especial para prosseguir com a história de um longa
Publicado em 30/11/2024, às 08h00
Sequências estão dominando cada vez mais a indústria do cinema. A ideia, claro, divide opiniões: tem quem diga que esta é uma forma barata de apenas ganhar dinheiro com uma franquia estabelecida em vez de apostar em uma nova história. Entretanto, o cineasta Todd Phillips crê na existência de razões firmes para seus colegas e estúdios adotarem as continuações.
O próprio diretor, por exemplo, comandou sequências de dois filmes bem-sucedidos. Primeiro, Se Beber, Não Case! (2009), que marcou o início de uma trilogia. Depois, veio Coringa (2019), prosseguido com Coringa: Delírio a Dois.
À Variety (via CBR), Phillips explicou ter topado transformar Se Beber, Não Case! em uma trilogia por um motivo especial. O diretor disse ter criado laços praticamente familiares com os membros do elenco, o que criou motivação para gravar as sequências.
Ele disse:
A verdade é que muitas pessoas diminuem as sequências, no geral, por pensarem: ‘ah, é um jeito fácil de ganhar dinheiro’. Mas o que as pessoas não sabem na produção de filmes é o fato de você realmente ganhar amigos, formar uma família, e dizer: ‘Quando vamos fazer isso de novo? Quando vamos nos encontrar novamente e fazer cada um dar risadas o dia todo?’ Eu realmente me motivo (a gravar sequências) por isso.”
Ainda na entrevista, Todd Phillips revelou a vontade de trabalhar novamente com Bradley Cooper, Ed Helms e Zach Galifianakis, intérpretes do trio de protagonistas de Se Beber, Não Case!. Seja para um quarto filme da franquia ou em um trabalho inédito.
Não sei se seria em um Se Beber 4, mas tenho uma grande afinidade com todos os atores com os quais já trabalhei e com esses três caras, realmente foi além. Viajamos o mundo gravando filmes, promovendo esses filmes, então seria uma pena se não juntarmos o bando para, ao menos, trabalharmos juntos novamente. Não sei se seria com um Se Beber 4.”
Fato é que o simples fato de uma sequência sair do papel tem seus riscos. Com o sucesso gerado pelo antecessor, gera-se uma expectativa muito grande em relação ao novo trabalho — e em muitos casos, a decepção é geral.
Ciente disso, a Rolling Stone EUA fez um levantamento com as 50 piores sequências da história do cinema. O critério utilizado foi a escolha de títulos que não mantiveram a qualidade de seus antecessores.
O pódio da lista foi ocupado por Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008, em 3º lugar), Highlander II - A Ressureição (1991, em 2º lugar) e Star Wars: Episódio IX - A Ascensão Skywalker (2019, no 1º lugar). Outros títulos famosos incluem esquecidos, como O Mundo Perdido - Jurassic Park (1997), O Exterminador do Futuro 3 - A Rebelião das Máquinas (2003) e Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar (2017).
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Colaborou: Augusto Ikeda.
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.