Contratado para comandar uma nova versão do filme em 2017, o diretor de Esquadrão Suicida abandonou o projeto logo depois
Contratado para comandar um remake de Scarface, popularizado na versão de Brian De Palma (Vestida Para Matar) estrelada por Al Pacino (O Poderoso Chefão) e lançada em 1983, David Ayer(Esquadrão Suicida) finalmente revelou o que levou a se desligar do projeto pouco tempo após a contratação.
Em entrevista à Total Film, o cineasta negou que tenha escrito uma versão muito violenta do clássico e, por isso, teria sido dispensado da produção. Porém, ele admitiu que a Universal Pictures, estúdio responsável pelo remake, estava buscando fazer algo "mais leve".
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"Um dos melhores roteiros que já escrevi é o meu rascunho de Scarface (...). Não era muito violento. Eu consigo dar conta da violência. Se alguém leva um tiro, eu consigo fotografar onde a cabeça explode, ter uma classificação para maiores de 18 anos e não alienar as pessoas. Isso é o básico da cinematografia. Eu criei uma jornada rica pelo tráfico de drogas. [Mas] o estúdio simplesmente queria algo mais divertido", revelou.
No primeiro Scarface, dirigido por Howard Hawks e lançado em 1932, conhecemos o imigrante italiano Tony Camonte, que embarca em uma carreira criminosa e, por meio da violência, tenta subir as escadas do sucesso na máfia. Na versão de De Palma, Al Pacino é o imigrante cubano Tony Montana, que deseja tomar o controle de um cartel de drogas.