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Rebuild of Evangelion: 5 motivos para assistir à conclusão da saga; dos personagens até evolução da animação [LISTA]

Tetralogia Rebuild of Evangelion traz enredo e personagens diferentes do anime clássico, culminando em desfecho inesperado

Dimitrius Vlahos (Sob supervisão de Yolanda Reis)
por Dimitrius Vlahos (Sob supervisão de Yolanda Reis)

Publicado em 07/09/2021, às 16h30 - Atualizado em 15/11/2021, às 16h15

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Evangelion: 3.0+1.0 Thrice Upon a Time (Foto: Divulgação / Amazon Prime Video)
Evangelion: 3.0+1.0 Thrice Upon a Time (Foto: Divulgação / Amazon Prime Video)

O lançamento do último filme da série Rebuild of Evangelion e a chegada dos três antecessores ao Prime Video animou os fãs. Após 25 anos do anime Neon Genesis Evangelion, a trama de Hideaki Anno (criador e diretor) recebeu um final definitivo. 

A história envolvendo mechas e personagens complexos, nem sempre tão carismáticos, ultrapassou barreiras de idioma e fez grande sucesso até em países ocidentais - ao ponto do Prime Video distribuir por 240 territórios. Como forma de atrair novos telespectadores, o Rebuild recria e estende o universo de Evangelion  em quatro filmes com animação moderna e menos limitações de orçamento.

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A trama acontece 15 anos após o Segundo Impacto, uma enorme explosão na Antártida responsável por tsunamis e alterações drásticas no clima. A única maneira de evitar novos impactos são os Evas: robôs criados a partir de humanos, feitos para combater seres alienígenas denominados Anjos. Apenas crianças podem pilotar e Gendo Ikari convoca o filho, Shinji, para ser piloto junto a Rei Ayanami e, posteriormente, Asuka Langley.

Há diversas semelhanças entre o reboot e o anime original. No entanto, a partir do segundo filme do rebuild - correspondente aos acontecimentos do sexto episódio - Anno explora uma realidade paralela; muito diferente do enredo visto em Neon Genesis Evangelion (1995)

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Veja motivos para assistir aos filmes de Rebuild of Evangelion, fã do anime, ou não:


Beleza das animações

Neon Genesis Evangelion possui traços característicos de animes dos anos 1990. Em determinados momentos, é possível notar limitações técnicas como cenários estáticos e número pequeno de quadros por episódio - e isso deixa a animação "travada." A falta de orçamento também foi um dos problemas enfrentados por Hideaki Anno, mudando até a história do final da trama.

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Na série rebuild, o tratamento foi outro. Evangelion se tornou referência para animes do gênero e o diretor ganhou a oportunidade de explorar o universo com recursos visuais novos. Desde o primeiro filme, Evangelion: 1.0 You Are (Not) Alone (2007), há alterações consideráveis na animação, lutas mais complexas, Anjos mais detalhados e coloridos, além da fluidez dos movimentos de forma geral.

Em Evangelion: 3.0+1.0 Thrice Upon a Time (2021), a série atinge o ápice visual, retratando os ambientes imaginados por Anno - além das ruas Neo Tokyo 3, onde as primeiras batalhas aconteceram. Os Evas se destacam pela beleza e criatividade usada nos novos traços.

Audiodescrição resumida: É dia. Céu azul com poucas nuvens. Eva 01 segura uma lança vermelha e está com os braços flexionados.
Eva 01 (Foto: Reprodução / Amazon Prime Video)


Profundidade dos personagens

Sim, Evangelion é sobre robôs gigantes. No entanto, o principal destaque são os diálogos e motivações dos personagens, algo pouco explorado por outras séries do gênero. Os filmes seguem a mesma linha e dão um passo além, introduzindo, por exemplo, Mari - piloto do Eva 05 e parte importante para o desenvolvimento do protagonista Shinji.

Além dos pilotos dos Evas, há tramas filosóficas envolvendo Gendo Ikari, pai de Shinji, e outros integrantes da NERV (instituição responsável por combater os Anjos). Muitos conceitos da psicologia são aproveitados, explorando relação entre pais e filhos, amizade e autoconhecimento. Hideaki Anno enfrentou problemas psicológicos, um dos motivos para a inserção dos temas no enredo.

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Esse contexto ajuda a criar empatia ou raiva, dependendo do ponto de vista. A única certeza é: não há como ficar indiferente aos dramas dos personagens. O diretor explicou essas intenções ao New York Times: “Queria trazer um senso de realidade maior - fazê-los mais humanos.” 

Para quem assistiu Neon Genesis Evangelion, o rebuild também pode revelar facetas de Rei e Asuka, respectivamente, pilotos do Eva 00 e Eva 02. Embora completem o trio de protagonistas, ambas ganharam arcos maiores somente nos últimos dois filmes.

Audiodescrição resumida: Rei Ayanami, menina branca, de olhos vermelhos e cabelos azuis. Está com a boca aberta, olhando para a esquerda enquanto segura um guarda-chuva. Ela usa um moletom branco.
Rei Ayanami (Foto: Reprodução / Amazon Prime Video


Fim de uma jornada

A produção de Neon Genesis Evangelion enfrentou dificuldades, principalmente na conclusão. Os últimos dois episódios praticamente não tiveram ação e se passam na mente de Shinji. Para muitos, é um desfecho confuso, sem dar respostas para o roteiro - até então, bem desenvolvido. 

Por conta das reclamações do público e do desejo de Hideaki Anno, o estúdio Gainax fez o longa The End of Evangelion (1997), final alternativo para a série, explicando (mas nem tanto assim) os acontecimentos. Embora satisfatório para os fãs, Anno não narrou todos os arcos da forma como imaginou, levando-o a criação do rebuild para mostrar tudo como deveria ou poderia ser.

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Somente em Evangelion: 3.0+1.0 Thrice Upon a Time (2021) é possível enxergar a obra em sua completude. O desfecho é, ao mesmo tempo, fiel à mitologia construída e ousado por oferecer a medida certa de otimismo e inovação. Anno não é a mesma pessoa de quando escreveu os 26 episódios, e isso reflete na escolha por um final grandioso, calmo e justo com personagens e telespectadores. 


Trilha sonora

Com exceção da música de abertura “A Cruel Angel's Thesis” e o cover de “Fly Me to the Moon” (cortado da Netflix), a trilha sonora de Neon Genesis Evangelion não é daquelas de colocar em playlists e cantar por aí. Apesar disso, seguem e complementam muito bem o tom do anime - na maior parte do tempo, obscuro. 

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Em Rebuild of Evangelion, a trilha original de Shiro Sagisu é bastante utilizada, mas foi modernizada com regravações e instrumentos diferentes. Todos os filmes fizeram a mescla positiva entre clássico e atual, adicionando faixas com levadas de violão inesperadas para quem assistiu ao anime. 

Evangelion: 2.0 You Can (Not) Advance (2009) merece destaque nesse assunto. O segundo longa utilizou canções alegres em momentos decisivos e tensos. Assim como em TheEnd of Evangelion (1997), o contraponto entre o apocalipse na tela e a tranquilidade dos vocais funciona melhor que o imaginado.

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Evangelion e a internet

Neon Genesis Evangelion conquista fãs na internet mesmo após 25 anos da estreia, em parte, devido à chegada na Netflix em 2019. Assim, não é incomum se deparar com diversos memes sobre a relação de Shinji e Gendo Ikari e, bem, a única forma de estar totalmente por dentro é assistindo. Arte de Paulo Moreira:

A popularidade é grande em diversos países ocidentais. Em Jalisco, no México, Rei Ayanami estampou um pôster incentivando a vacinação de jovens, por exemplo:

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Assim como outros fenômenos da cultura pop e geek, Evangelion rompeu o público de nicho, e a recapitulação feita em Rebuild of Evangelion é perfeita para se inteirar sobre tudo.


Qual a ordem para assistir Evangelion? (Anime e filmes)

Você pode começar direto pelos filmes da série rebuild. A ordem cronológica dos lançamentos é a mais indicada caso queira a experiência completa, incluindo anime e outros títulos até chegar em Thrice Upon a Time.

  • Neon Genesis Evangelion (Netflix)
  • Evangelion: Death(True)² (Netflix)
  • The End of Evangelion (Netflix)
  • Rebuild of Evangelion: 1.0 You Are (Not) Alone (Amazon Prime Video)
  • Rebuild of Evangelion: 2.0 You Can (Not) Advance (Amazon Prime Video)
  • Rebuild of Evangelion: 3.0 You Can (Not) Redo (Amazon Prime Video)
  • Rebuild of Evangelion: 3.0+1.0 Thrice Upon a Time (Amazon Prime Video)