Samuel L. Jackson defende termo racista em filmes de Tarantino: ‘É um contexto’
Samuel L. Jackson criticou humorista Joe Rogan pelo uso do termo de forma confortável
Dimitrius Vlahos (Sob supervisão de Yolanda Reis)
Para Samuel L. Jackson, uso da N-word (palavra com N, em tradução livre) em filmes é justificável. O ator defendeu o cineasta Quentin Tarantino por utilizar termo racista em roteiros e condenou humorista Joe Rogan em entrevista ao jornal The Times (via Estadão).
“Está tudo bem se a palavra for usada como um elemento da história, dos temas dela. Uma história de ficção é um contexto. Mas usar palavras derrogatórias só para arrancar uma risada de alguém? Isso é errado,” argumentou. Jackson trabalhou com Tarantino em diversas produções, como Pulp Fiction (1994) e Kill Bill: Volume 2 (2004).
Samuel relembrou momento no set de Django Livre (2012) – outra colaboração entre os dois – quando Leonardo DiCaprio se incomodou por repetir a palavra racista diversas vezes: “Leo disse: ‘Não sei se consigo dizer essa palavra tantas vezes em uma cena’. Eu e Quentin respondemos a ele que era preciso.”
“Sempre que alguém quer um exemplo de uso exagerado dessa palavra, citam Quentin, e isso é injusto. Ele está apenas contando uma história, e os personagens falam daquele jeito,” completou em defesa do diretor.
De acordo com o ator, Joe Rogan foi além dos limites na apresentação do próprio podcast – não apenas pela falta de contexto, mas pelo conforto ao usar o termo ofensivo: “Ele não deveria ter dito isso. Não é o contexto, cara – ele estava confortável fazendo isso. Diz sentir muito porque quer manter o dinheiro, mas estava se divertindo.”
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