CEO da Sony culpa críticos por fracassos de bilheteria de 'Madame Web' e 'Kraven, o Caçador'
CEO da Sony Pictures alega que filmes foram 'crucificados' pela imprensa e avalia futuro do universo do Homem-Aranha
Aline Carlin Cordaro (@linecarlin)
Publicado em 01/01/2025, às 17h00Os filmes Madame Web e Kraven The Hunter enfrentaram um desempenho desastroso nas bilheterias em 2024, e o CEO da Sony Pictures, Tony Vinciquerra, apontou os críticos como os principais responsáveis pelo fracasso. Em entrevista ao Los Angeles Times, Vinciquerra afirmou que as reações negativas da imprensa prejudicaram as produções do universo do Homem-Aranha.
“Madame Web teve um desempenho abaixo do esperado nos cinemas porque a imprensa simplesmente crucificou o filme,” disse Vinciquerra. “Não era um filme ruim, e foi bem na Netflix. Por algum motivo, os críticos decidiram que não queriam que fizéssemos esses filmes, e os destruíram. Eles não são filmes terríveis, mas foram demolidos pela crítica, não sei por quê.”
Desempenho e repercussão
Madame Web, estrelado por Dakota Johnson, arrecadou pouco mais de US$ 100 milhões, valor equivalente ao seu orçamento. O filme obteve apenas 11% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Por sua vez, Kraven The Hunter, protagonizado por Aaron Taylor-Johnson, faturou US$ 45 milhões contra um orçamento quase três vezes maior. A produção também sofreu com críticas negativas, registrando 17% de aprovação no mesmo site.
Apesar dos problemas, a franquia teve um destaque positivo em 2024: Venom: The Last Dance, último filme da trilogia estrelada por Tom Hardy, arrecadou US$ 476 milhões mundialmente, tornando-se o 10º filme mais lucrativo do ano.
Reflexões
Vinciquerra reconheceu que o universo do Homem-Aranha precisa ser repensado. “Acho que precisamos reconsiderar nossa abordagem, porque parece que estamos ‘amaldiçoados’. Se lançarmos outro filme, ele será destruído, não importa se é bom ou ruim,”afirmou o CEO.
Em um tom mais reflexivo, Dakota Johnson, protagonista de Madame Web, disse não estar surpresa com a recepção negativa. Em entrevista ao Bustle, ela comentou: "Você não pode fazer arte baseado em números e algoritmos." Johnson também refletiu sobre sua experiência: "Eu nunca tinha feito nada parecido antes. Provavelmente nunca farei novamente, porque sei que não me encaixo nesse mundo. E agora entendo isso."