‘Springsteen: Salve-me do Desconhecido’ é muito mais que um filme sobre ‘Nebraska’; e o diretor concorda

Quando Bruce Springsteen aceitou que sua história fosse contada em tela grande, não quis apenas revisitar o processo de criação de Nebraska (1982). Conforme o diretor Scott Cooper explica em entrevista exclusiva à Rolling Stone Brasil, o filme não se propõe a resumir a carreira de Springsteen em duas horas, mas a iluminar a ideia de que: “Você pode buscar a ajuda de que precisa. Porque o Bruce buscou e isso o ajudou imensamente. Salvou a vida dele”.

No novo longa-metragem, Springsteen: Salve-me do Desconhecido, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta, 30, o foco está na luta silenciosa de Springsteen contra a depressão que o acompanhou por mais de quatro décadas.

Apesar do sucesso estrondoso, Springsteen sempre carregou uma dor que não se encaixava em palcos ou em gritarias de plateia. O filme mostra como os temas de Nebraska — isolamento, arrependimento, desejo de redenção — estavam diretamente ligados à crise interior que o músico enfrentava. Cooper reforça que o longa serve também como um convite: “Há um estigma em torno das pessoas que pedem ajuda quando estão sofrendo. Especialmente um homem”.

Confira o trecho da entrevista:

 

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Springsteen: Salve-me do Desconhecido

O longa conta com Jeremy Allen White (O Urso) no papel de Bruce Springsteen, investindo pesado em treinamento vocal e de guitarra para dar vida ao momento de criação de Nebraska. No elenco de apoio estão Jeremy Strong (Sucessão) como Jon Landau, Paul Walter Hauser (Eu, Tonya) como Mike Batlan, Stephen Graham (Adolescência) como Douglas “Dutch” Springsteen, entre outros. A direção e roteiro ficam por conta de Scott Cooper.

A produção se baseia no livro Deliver Me From Nowhere (2023), de Warren Zanes, e se diferencia de muitas cinebiografias tradicionais ao focar menos na trajetória de glória e mais no conflito interno que precedeu o momento de redefinição artística.

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