Em entrevista à revista Variety, casal de diretores do caótico filme de Super Mario Bros, revelam como Quentin Tarantino ajudou a fazer do filme um 'clássico'
Antes do Super Mario ganhar um filme de animação produzido pela Universal Studios com Chris Patt e Charlie Day, há 30 anos um live-action do personagem foi produzido. O filme intitulado Super Mario Bros trazia no roteiro: dinossauros, meteoros, dimensões paralelas, animais humanoides, e claro dois encanadores italianos.
O filme foi um fracasso de bilheteria e se tornou piada pelas inúmeras bizarrices contidas em um único roteiro. Dirigido pelo casal Rocky Morton e Annabel Jankel, a produção foi novamente exibida em março no New Beverly Cinema de Quentin Tarantino.
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“Pensei que haveria 10 ou 20 pessoas lá”, disse Morton à Variety. “Mas estava lotado. Havia pessoas fazendo fila no quarteirão para comprar ingressos extras. Durante o filme, Morton diz que o público estava “rindo e batendo palmas nos lugares certos. Eles não estavam fazendo isso ironicamente; foi genuíno.
“Foi como estar em um festival de cinema”, acrescenta Jankel, surpresa com o fato de dezenas de fãs a procurarem para autógrafos e selfies. “Foi vindicante. Demorou 30 anos de um sentimento ruim para ser eliminado em uma noite.
Ainda segundo a Variety, a exibição aconteceu após o queridinho de Hollywood, Quentin Tarantino mencionar o filme no podcast The Video Archives Podcast, no qual ele revisita filmes clássicos e joias de VHS. No programa, o diretor de Pulp Fiction aplaudiu o então caótico filme de Super Mario Brosde 1993.
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“Acho que Quentin Tarantino entende de onde viemos, criativamente”, diz Morton. “É uma certa estranheza que não se encaixava muito bem na cena de Hollywood da época.”
O filme dirigido por Rocky Morton e Annabel Jankel sofreu poucas intervenções da Nintendo e segundo a Variety, esta talvez, tenha sido a maior vantagem para a animação produzida pela Universal Studios, onde Shigeru Miyamoto, criador de Super Mario Bros. coproduziu o filme ao lado de Meledandri, que esteve envolvido em todas as etapas, desde o elenco até a animação.
“Se eu tivesse um relacionamento com Miyamoto e o trouxesse a bordo [do set], se ele fosse um produtor e entendesse o que estávamos fazendo, ele não teria deixado certas coisas acontecerem”, diz ele. “Teríamos sido uma equipe e teria sido um filme diferente.” Revelou Morton à Variety.
Enquanto diretores admitem que o filme é “uma bagunça, estruturalmente”, Morton é rápido em apontar:
“Nossa conquista foi criar algo verdadeiramente original, mesmo que fosse baseado em um videogame. Foi engraçado, foi ficção científica, foi fantasia, foi uma história de amor. E acho que teve sucesso em todos esses elementos. E as atuações de muitos dos atores foram ótimas. Estou orgulhoso do filme e o mantenho.”