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Cinema / PREMIAÇÃO

Trilha sonora de "Duna 2" é considerada inelegível e não estará no Oscar

Produção do consagrado Hans Zimmer foi desclassificada por não estar de acordo com regra que orienta músicas de sequências e franquias

Por Rodrigo Tammaro Publicado em 22/10/2024, às 18h27

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Banner de 'Duna: Parte 2' e Hans Zimmer (Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures e Ann Johansson/Corbis via Getty Images)
Banner de 'Duna: Parte 2' e Hans Zimmer (Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures e Ann Johansson/Corbis via Getty Images)

Duna: Parte 2 é um dos filmes mais elogiados de 2024 e aparece como um forte concorrente em diversas categorias da próxima edição do Oscar

A expectativa para o longa dirigido por Denis Villeneuve fica ainda maior considerando que a primeira parte da franquia foi a maior vencedora da cerimônia de 2022, levando seis estatuetas de um total de dez indicações.

Mas desta vez o filme perdeu um dos maiores destaques: a trilha sonora.

Produzida pelo consagrado Hans Zimmer, a música de Duna: Parte 2 foi amplamente reconhecida pelos críticos. No entanto, acabou enquadrada como inelegível e por isso está fora da cerimônia do Oscar.

A inelegibilidade foi confirmada pela Academia e segue uma regra que define um limite de músicas pré-existentes para que uma obra seja indicada na categoria de melhor trilha sonora original.

Em casos como sequências e franquias de qualquer mídia, a partitura não deve utilizar mais de 20% de temas pré-existentes e músicas emprestadas de partituras anteriores da franquia”, diz o regulamento.

Como a composição de Zimmer para Duna: Parte 2 incorpora vários elementos do primeiro filme, a trilha sonora não pode participar.

Reconhecimento

Mesmo fora da próxima edição do Oscar, o trabalho de Hans Zimmer no longa é reconhecido em várias outras premiações, como o Globo de Ouro e o Grammy.

O compositor também tem a oportunidade de levar a estatueta de melhor trilha sonora com outra produção: o drama Blitz, dirigido por Steve McQueen, que estreia na Apple TV+ em 22 de novembro.

À Variety, Zimmer disse que os trabalhos dele não são feitos pensando nas premiações e explicou o processo criativo por trás de Duna: Parte 2.

Nosso propósito é servir a narrativa e criar uma conexão com o público. Nós continuamos a jornada que iniciamos na primeira metade, no exato momento em que paramos. A partitura sempre foi escrita para expandir e evoluir os temas e levá-los a um final natural, planejando da primeira à última nota”, afirmou.

Hans Zimmer é um nome consagrado no mundo das trilhas sonoras. O compositor já recebeu 12 indicações ao Oscar e ganhou duas vezes, com O Rei Leão (1994) e Duna (2021). Ele também tem no currículo quatro prêmios Grammy e seis indicações ao Emmy.

Duna é ambientado em um futuro distante, em que os planetas são parte de um império feudal intergalático, comandados por famílias nobres. Na história, a família de Paul Atreides (Timothée Chalamet) aceita controlar o planeta deserto Arrakis, também conhecido como Duna, produtor de uma valiosa especiaria, o que o torna alvo de interesse de outras tantas famílias.

Na segunda parte da história, Paul e a sua mãe, Lady Jessica Atreides (Rebecca Ferguson), estão juntos a Chani (Zendaya) e os Fremen, antigos residentes de Arrakis. Juntos, eles planejam reunir um exército de aliados para combater o implacável Barão Vladimir Harkonnen (Stellan Skarsgård).

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