ENTREVISTA

Valentina Herszage sobre Ainda Estou Aqui: 'A gente sempre acreditou muito no filme'

Longa de Walter Salles, que rendeu ao Brasil o seu primeiro Oscar, chega ao catálogo do Globoplay a partir deste domingo, dia 6 de abril

Henrique Nascimento (@hc_nascimento)

Publicado em 06/04/2025, às 08h00
Valentina Herszage sobre Ainda Estou Aqui: 'A gente sempre acreditou muito no filme' - Divulgação/Sony Pictures Brasil
Valentina Herszage sobre Ainda Estou Aqui: 'A gente sempre acreditou muito no filme' - Divulgação/Sony Pictures Brasil

Na pele de Vera Paiva, uma das filhas de Eunice Rubens Paiva em Ainda Estou Aqui, Valentina Herszage (Mate-me Por Favor) chegou ao Oscar, a maior premiação do cinema, com apenas 27 anos, mas após muito tempo de uma carreira iniciada ainda na infância.

Para a atriz, no entanto, o prêmio de Melhor Filme Internacional para o longa — que chega ao catálogo do Globoplay a partir deste domingo, dia 6 de abril — foi apenas uma consagração do que, ao realizar o longa, ela e os seus colegas de elenco e equipe já sabiam que seria um grande marco no cinema nacional.

"A gente sempre acreditou muito no filme. Foi um filme muito bem recebido no Brasil, foram quase seis milhões de pessoas que foram às salas de cinema assistir ao filme. (...) Aí a coisa começou a se espalhar pelo mundo", afirma Herszage em entrevista à Rolling Stone Brasil.

"É claro que a gente nutria uma torcida para que a gente levasse esse prêmio. Mas o que a gente foi conquistando ao longo do caminho nessa trajetória já foi tão valioso, tão precioso, que eu acho que o Oscar é, de fato, como a própria Fernanda [Torres, intérprete de Eunice no filme] diz, o momento final dessa corrida. Foram quase 40 prêmios nacionais e internacionais. Acho que o maior prêmio foi o de conquistar o mundo através de uma história brasileira", complementa.

Outra conquista de Ainda Estou Aqui, para Herszage, foi a oportunidade de despertar o interesse dos brasileiros no cinema nacional: "Acho que tinha muita gente adormecida em relação ao cinema, que não ia para as salas de cinema há muito tempo, porque não tinha vontade de ver filmes brasileiros e acho que Ainda Estou Aqui resgatou muita gente e apresentou para muitos, e muitas gerações, o nosso cinema através de uma história brasileira, uma história real", avalia.

A atriz também acredita que o fenômeno deve se estender para a estreia de Ainda Estou Aqui no Globoplay: "Eu conversei com muita gente que viu mais de uma vez e outras que ficaram com vontade de assistir. Então, eu acho que tem tudo para ser um sucesso, sim. O filme estar na palma da nossa mão é interessante", finaliza.

Qual é a história de Ainda Estou Aqui?

Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens PaivaAinda Estou Aquié ambientado no Rio de Janeiro, no início dos anos 1970, em meio à ditadura militar, e conta a história de Eunice (Fernanda Torres, Tapas & Beijos), mãe de cinco filhos, que se envolve em uma busca infindável pela verdade após o seu marido, Rubens (Selton Mello, O Auto da Compadecida 2), ser levado por policiais à paisana e desaparecer.

Além de Fernanda TorresSelton Mello e Antonio Saboia, o longa ainda conta com Fernanda Montenegro (A Vida Invisível), Maeve Jinkings (Pedágio), Humberto Carrão (Marighella), Marjorie Estiano (Sob Pressão), Camila Márdila (Que Horas Ela Volta?), Antonio Saboia (Deserto Particular) e, entre outros, Charles Fricks (Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro). Assista ao trailer:

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