Com roteiro e direção de Laís Bodanzky, o filme estrelado por Cauã Reymond mostra um lado 'humanizado' de Dom Pedro I
Redação Publicado em 07/09/2022, às 17h30
Na última sexta-feira, 01, chegou aos cinemas brasileiros o filme A Viagem de Pedro, que promete desmistificar a imagem heróica do imperador Dom Pedro I. E, além de protagonista do longa, o ator Cauã Reymond ainda participou de toda a produção bem de perto.
Acontece que, já tendo interpretado o imperador quando ainda estava na escola, foi o próprio ator quem teve a ideia do longa. Há 9 anos, então, Reymond decidiu que o projeto deveria sair do papel e, para isso, convidou Laís Bodanzky, que dirige e assina o roteiro do filme.
Segundo Reymond, que falou sobre a produção em entrevista ao Fantástico, a ideia era narrar uma história diferente da que conhecemos, a “de um homem que perdeu o controle”. “A gente fala de uma figura contraditória, de um Brasil contraditório”, explicou Cauã.
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Assim, o ator e a cineasta imaginaram como seria a volta de Dom Pedro I para Portugal, nove anos depois da proclamação da independência. E, por isso, o longa se passa quase totalmente em uma fragata, enquanto o imperador é assombrado pelas memórias do passado, em 1831.
“Na pesquisa, eu percebi que eu sabia muito dele no Brasil e muito dele em Portugal, mas eu não sabia nada da viagem em si, o que era velejar no Atlântico naquela época e quem estaria embarcado”, contou Laís. “Então aqui é a deixa pra eu imaginar, através dessa personagem, como ele fica dois meses no Atlântico, quais eram as suas reflexões. Quais eram os seus medos, suas angústias, suas preocupações, suas culpas.”
Curiosamente, para representar com fidelidade a viagem de Dom Pedro I, as gravações do filme foram, de fato, realizadas em uma fragata. Além das cenas gravadas em um enorme estúdio suspenso por elásticos, o longa também foi rodado em uma embarcação da Marinha Brasileira, que navegou com a equipe de filmagens de Salvador ao Rio de Janeiro.
Lançado bem a tempo das comemorações dos 200 anos da independência do Brasil, o filme tornou-se ainda mais especial para Cauã Reymond depois que ele contracenou com a própria filha nas gravações. Isso porque, na trama, a pequena Sofia, a filha do ator com Grazi Massafera, interpreta a filha que Dom Pedro I teve com sua amante, Domitila.
“Eu fiquei super emocionado. Acho que tem uma coisa muito interessante de poder mostrar para ela o que eu faço. É um filme tão importante pra mim e é muito importante estar com a minha filha. Eu agradeço a Laís, que teve essa ideia”, comentou o ator.
