Future faz show com camiseta polêmica usada por Axl Rose; entenda
Rapper norte-americano repete figurino usado pelo vocalista em 1992 e resgata discussões sobre idolatria, fama e fanatização
Redação
Durante sua apresentação no Open’er Festival, na Polônia, o rapper norte-americano Future resgatou uma polêmica de mais de 30 anos. Isso porque ele vestiu uma camiseta com a frase “Kill Your Idols” (mate seus ídolos, na tradução livre para o português). Quem Future imitou? Axl Rose, icônico vocalista do Guns N’ Roses. E, afinal, o que a camiseta tem de tão polêmica? Uma imagem de Jesus Cristo acima da frase. Mais de três décadas depois, a estampa voltou a dar o que falar nas redes sociais.
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A origem da camiseta com Axl Rose
A camiseta foi usada por Axl Rose em momentos marcantes da carreira do Guns N’ Roses, mais especificamente durante shows da turnê Use Your Illusion no início dos anos 1990. Como era de se esperar, a imagem de Jesus Cristo foi considerada um desrespeito e gerou críticas, especialmente porque Axl foi criado em um ambiente religioso. No entanto, a frase “Kill Your Idols” acabou interpretada como uma crítica mais profunda à adoração irrestrita de figuras públicas, sejam elas religiosas, políticas e até mesmo artísticas.
A repercussão foi significativa. A peça passou a ser vista como um símbolo do posicionamento do vocalista contra a institucionalização de ídolos e o papel da mídia na construção dessas figuras.
Future resgata o símbolo em outro contexto
Ao usar a mesma camiseta, Future estabelece um diálogo com esse histórico, mas em um ambiente cultural diferente. O hip-hop, assim como o rock nas décadas anteriores, também debate os limites entre autenticidade e marketing, entre ídolos legítimos e figuras fabricadas pela indústria e pelas redes sociais.
Como nenhum dos artistas explicou exatamente suas intenções ao usar a estampa, as conclusões ficam mais na base da interpretação. De qualquer forma, a escolha da camiseta pode ser lida como um gesto de crítica à lógica de celebridade, marcada por viralizações rápidas e pela constante busca por visibilidade. A peça reaparece em um momento em que artistas discutem o peso da fama e os efeitos da superexposição digital. E que o mundo discute os impactos do fanatismo religioso.
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