Artista é entrevistado pela Rolling Stone Brasil, e comenta sobre seus lançamentos e música brasileira
Johnny Hooker, cantor e compositor conhecido na música brasileira, conversou com a Rolling Stone Brasil sobre a música pop brasileira e seu mais recente trabalho, um EP de remixes. Com 20 anos de carreira, Hooker decidiu remixar alguns de seus hits, inspirado pelo trabalho de Madonna e pelos lançamentos de suas amigas Pabllo Vittar e Duda Beat.
Para mim, fazer novos remixes foi algo orgânico. As rádios brasileiras também tocam muitos remixes, como 'Aiaiai' da Vanessa da Mata".
Além disso, o artista questiona a noção de música regional e elitista, afirmando que a verdadeira música pop brasileira vem das ruas e da periferia.
Dizem que axé é regional, forró é regional, mas o que é música regional? É a nossa música pop, desde Luiz Gonzaga até Pabllo Vittar."
Acho que a Pabllo também faz muito isso. Pegamos a música e os ritmos brasileiros e mostramos que o pop não é só o que vem de fora. O nosso pop é esse aqui," disse ele. Hooker acredita que o pop brasileiro é uma expressão autêntica da nossa cultura, desafiando a ideia de que a música regional deve ser vista como algo separado do mainstream.
Responsável por músicas como CUBA, Flutua, Beija Flor e Alma Sebosa, Johnny Hooker também expressou seu desejo de futuras colaborações com grandes nomes da música brasileira, incluindo Caetano Veloso, Gloria Groove, Duda Beat, Marina Sena e Led Luna.
Sobre o futuro da música brasileira, o artista vê o brega funk como uma tendência promissora. Seus novos lançamentos de remixes incluem elementos desse gênero:
Trazer o brega funk para o remix foi algo muito legal. Qualquer artista poderia ter optado por um remix mais comportado, mas eu quero voltar para Recife e mostrar que o brega funk é o futuro. Hoje sofre preconceito, mas daqui a 10/20 anos pode ser um produto de exportação.'' continua: '' O contraponto ao senso comum é algo revolucionário.''