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Por que Caroline Polachek odeia a expressão “artista mulher”

Cantora explicou incômodo com denominação e expressou insatisfação em ser comparada com Kate Bush, apesar de admirá-la

Por Igor Miranda (@igormirandasite)
por Por Igor Miranda (@igormirandasite)

Publicado em 05/11/2024, às 08h00

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Caroline Polachek (Foto: Jim Dyson/Redferns)
Caroline Polachek (Foto: Jim Dyson/Redferns)

Uma das novas estrelas do pop alternativo, Caroline Polachek já fez turnês com The 1975 e Dua Lipa, teve uma banda indie e tocou pelo menos dois projetos paralelos, além do trabalho em carreira solo — cujo álbum mais recente, Desire, I Want to Turn Into You (2023), entrou nas paradas de diversos países e foi indicado ao Grammy. Com uma versatilidade desse tamanho, não é de se espantar que a americana seja contrária à limitante expressão “artista mulher”.

Em entrevista ao The Telegraph, Polachek deixou claro que odeia essa forma de se referir a algumas artistas, já que não há qualquer relação entre sexo e estilo musical. A cantora citou como exemplo alguns nomes que a inspiraram ao longo da vida, independentemente de serem homens ou mulheres.

Caroline disse:

Kate Bush, Björk e Fiona Apple foram fundamentais para mim, em termos de redefinir o que a música poderia ser. Mas não mais do que Brian Eno, David Bowie, Pink Floyd e Radiohead. O que todos esses artistas têm em comum é um senso de subjetividade muito vívido. Você vê o mundo através dos olhos deles, eles te trazem para a mente deles.”

Sobre a primeira influência citada, Polachek também reprova comparações recorrentes. Veículos de imprensa tentam defini-la como a “Kate Bush de sua geração”, o que causa incômodo.

Em 2023, a cantora disparou em seu perfil no X/Twitter:

Enquanto eu percebo que é um grande elogio, eu fico eternamente incomodada quando me dizem que sou ‘a Kate Bush dessa geração’. ELA é a Kate Bush da nossa geração, ela é uma artista ativa que está no topo dos charts e é insubstituível. Eu, enquanto isso, sou a Caroline Polachek dessa geração.”

Sobre Caroline Polachek

Caroline Polachek começou a carreira como vocalista da banda de indie pop Chairlift, formada em 2005. Foram três álbuns de estúdio – Does You Inspire You (2008), Something (2012) e Moth, lançado no ano em que o grupo encerrou suas atividades, 2016.

Ainda com o grupo na ativa, Polachek liberou o disco Arcadia (2014), sob o pseudônimo Ramona Lisa, onde explorou uma sonoridade mais ambiente e eletrônica. Com o fim do Chairlift, Caroline adotou suas iniciais – CEP – e divulgou o álbum Drawing the Target Around the Arrow (2017), com músicas instrumentais e minimalistas.

A partir de 2019, a cantora passou a disponibilizar materiais com seu nome. O primeiro foi Pang, onde Polachek voltou ao som indie/pop que a consagrou. Em 2023 saiu Desire, I Want to Turn Into You, um de seus trabalhos mais celebrados, por incorporar elementos de new age e rock alternativo.

Polachek já trabalhou com artistas como Charli XCX, Blood Orange, Fischerspooner, Flume, Oneohtrix Point Never, entre outros. Sua composição “No Angel” foi gravada por Beyoncé no álbum homônimo de 2013.

Colaborou: André Luiz Fernandes.

Por Igor Miranda (@igormirandasite)

Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.