Adolescência: Boris Johnson critica exibição da minissérie em escolas

Adolescência é uma das principais produções da história da Netflix. Em pouco menos de um mês desde o lançamento, a série acumulou mais de 100 milhões de visualizadões e entrou para o top 10 das mais assistidas da plataforma.

Criada por Stephen Graham e Jack Thorne, a trama acompanha a história de acompanha Jamie Miller (Owen Cooper), um adolescente de 13 anos preso sob suspeita de assassinar um colega de classe. Então, família, terapeuta e o investigador do caso se questionam: o que realmente aconteceu? 

Apesar do sucesso de público e crítica, nem todo mundo gostou de Adolescência. O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Boris Johnson, por exemplo, chamou a série de “uma porcaria bem atuada”.

Johnson questionou uma iniciativa do premiê atual, Keir Starmer, que decidiu exibir a produção em escolas secundárias em uma iniciativa para abordar questões como bullying, perseguições online e de violência de gênero nas escolas.

No final de março, foi confirmado que a Netflix disponibilizaria os episódios para as instituições de ensino britânicas na esperança de orientar os jovens sobre esses assuntos.

No entanto, Boris Johnson definiu o programa como uma “besteira”. Em sua última coluna para o Daily Mail, ele escreveu, em referência a Starmer: "Quem ele pensa que é, dizendo aos professores quais programas de TV mostrar às crianças? Ao fazer este anúncio com plena autoridade, Keir Starmer demonstra a mistura de farsa e identitarismo no Governo.”

Para o ex-premiê, a iniciativa mostrou uma “cruel indiferença às reais necessidades educacionais das crianças de hoje”. Johnson ainda finalizou com teor racista ao dizer que, ao contrário dos protagonistas de Adolescência,  a maioria dos jovens envolvidos nesse tipo de crime são negros.

Essa tese já foi rebatida pelo roteirista Jack Thorne: “É absurdo dizer que [crimes de faca] são cometidos apenas por meninos negros . É absurdo. Não é verdade. E a história mostra muitos casos de crianças de todas as raças cometendo esses crimes. Não estamos abordando questões de raça, estamos falando sobre masculinidade.”

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